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22 de outubro de 2018
Brasil

Irã, Hezbollah e Venezuela estariam tentando influenciar eleição no Brasil

Foto Reprodução

Após o ao atentado a faca sofrido pelo candidato Jair Bolsonaro (PSL) em 6 de outubro (relembre), sugiram informações que o Mossad, serviço secreto de Israel, estaria monitorando a situação e veria a possibilidade de um novo ataque. Após o primeiro turno, o jornalista Walid Phares, da rede norte-americana Fox News, publicou uma série de mensagens no Twitter, onde falava sobre uma tentativa de interferência dos governos do Irã e Venezuela, além do grupo terrorista Hezbollah nas eleições brasileiras. Mesmo nunca tendo apresentado evidências sobre como seria essa ação estrangeira, insistia que o regime de Teerã, que sustenta o Hezbollah e dá suporte para Maduro, não queria perder a sua “influência” no Brasil. Agora, a preocupação com a segurança de Bolsonaro chegou a um outro estágio, com o governo dos EUA sendo notificado. A jornalista Joice Hasselmann publicou neste sábado (20) a cópia de uma carta enviada pelo deputado republicano Dana Rohrabacher ao secretário de estado americano Mike Pompeo. Nela, diz temer pela segurança de Jair Bolsonaro e pede que o governo dos EUA garanta que as eleições no Brasil sejam “livres e seguras”.


22 de outubro de 2018
Brasil

Anderson Silva desafia McGregor em retorno ao UFC: ‘É uma superluta’

Foto Reprodução

Em entrevista ao site TMZ, o brasileiro voltou a desafiar o irlandês e pediu para que ele esquecesse uma revanche contra o russo Khabib, por quem ele foi derrotado no UFC 229, e enfrentasse ele.

“Estou esperando. Aceitei o desafio de Conor. Agora o problema é das pessoas de cima. Não é exatamente um problema, mas acho que Dana deveria pensar sobre isso. São dois grandes nomes deste esporte, duas lendas, então por que não? É uma superluta”.

O lutador ainda quis deixar o clima de rivalidade ainda mais tenso e afirmou que não acredita em uma vitória do irlandês caso ele enfrente Khabib novamente.

“Eu não acredito que Conor possa vencer Khabib, definitivamente não. Eu acredito que ele deva lutar comigo. Essa é uma boa luta. Deixe eu te dizer uma coisa muito importante, Conor. Essa luta não é pelo dinheiro. É pelo desafio de artes maciais”, disparou.

Anderson Silva ainda comentou um possível cenário caso o desafio contra Conor não se concretize, uma luta contra Nick Diaz. “Acredito que eu contra Nick Diaz seria uma boa luta. Na última vez, nós dois perdemos Seria uma luta interessante para ambos”, declarou o brasileiro.

Para quem não se lembra Spider enfrentou o americano em 2015, mas o combate foi declarado como ‘sem resultado’ após os dois terem sido pegos no exame antidoping.

A suspensão de Anderson Silva acaba no dia 10 de novembro.


22 de outubro de 2018
Brasil

Acidentes de trânsito com vítimas caem 18% até agosto

Leitor Whatsapp Rede Acontece

Dados da Seguradora Líder, que opera o Seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre), apontam que o número de acidentes de trânsito com vítimas caiu 18% nos oito primeiros meses do ano na comparação com o mesmo período de 2017. De janeiro a agosto, segundo relatórios, o total de indenizações pagas por acidentes somaram 216.023, contra 263.841 registrados no mesmo período do ano passado.

As estatísticas apontam que não apenas caiu o total de acidentes como os casos, na média, tornaram-se menos graves neste ano. O número de indenizações por morte caiu 6%, de 27.582 para 26.032. A maior queda ocorreu nos reembolsos por invalidez permanente, que recuou 25%, de 197.396 para 147.363.

O total de compensações de despesas médicas na rede privada, indicador que reflete ferimentos e lesões temporárias, foi a única modalidade a registrar alta, tendo subido 8%, de 38.863 para 42.028.


20 de outubro de 2018
Brasil

Vitória da esquerda é perigo à liberdade religiosa, alerta bancada evangélica

Foto Rede Acontece

Assim como ocorreu nas vésperas do primeiro turno, a Frente Parlamentar Evangélica (FPE) manifestou seu apoio a Jair Messias Bolsonaro (PSL). Na tarde desta quinta-feira (18), um grupo de líderes esteve na residência do candidato, no Rio de Janeiro.

Além do presidente da bancada, o deputado federal Pastor Takayama, fizeram-se presente Lincoln Portela (vice-presidente da FPE), Sóstenes Cavalcante, João Campos, Pastor Eurico, Paulo Freire, Ronaldo Nogueira, Leonardo Quintão, Rosângela Gomes e Gilberto Nascimento.

Além de fazer orações pelo capitão, cuja saúde ainda inspira cuidados, os parlamentarem entregaram, em mãos, uma carta de apoio. Reafirmando seu compromisso com a eleição de Jair, destacam que caso a esquerda, através de seu representante, Fernando Haddad, assuma o poder, isso pode representar o fim da liberdade religiosa.

“Não podemos abrir espaço para mais um presidente de esquerda. Eles lideraram por 14 longos anos e é por isso que o Brasil está do jeito que está. Se isso acontecer, será o fim dos tempos, limitar o direito de crença e a liberdade religiosa. Mais que uma questão política, é uma questão espiritual. A defesa dos valores da família está acima de qualquer doutrina partidária”, afirmou Takayama.

O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM/RJ) revela que Bolsonaro considerou o encontro “um dos mais produtivos desta campanha e, em Deus confirmando sua eleição, irá convidar a Frente Parlamentar Evangélica para auxiliar na construção de pautas positivas para o futuro do país”.

A ideia da visita surgiu após um dos cultos realizados na Câmara dos Deputados. Os membros se mostraram muito preocupados com os resultados das eleições e acreditaram que era imprescindível esse apoio.

O capelão da FPE Pastor Eurico, deixou claro que não se tratava de uma ação política, visando qualquer barganha de cargos. O apoio vem naturalmente por acreditarem que Bolsonaro é um legítimo cristão e que tem um histórico na defesa das pautas caras aos evangélicos.


20 de outubro de 2018
Brasil

Preço da gasolina cai 2% nas refinarias a partir de amanhã

Foto Rede Acontece

A Petrobras anunciou hoje (19), em sua página na internet, que o preço do litro da gasolina ficará 2% mais barato em média nas refinarias de todo o país a partir de amanhã (20). Com a decisão, valor cairá de R$ 2,1490 – preço que vigorava desde o último dia 12 – para os R$ 2,1060 anunciado pela estatal para vigorar neste sábado.

O preço do litro do combustível atingiu maior valor nas refinarias no dia 14 de setembro último, quando a estatal passou a cobrar pelo litro da gasolina R$ 2,2514, preço que se manteve por 12 dias, até o dia 22 do mesmo mês, portanto por doze dias consecutivos.

A partir de então, o preço do litro da gasolina passou a registrar quedas consecutivas. No dia 25 de setembro, a estatal reduziu o preço do litro do procuto para R$ 2,2381, mantendo desde então uma tendência de queda no preço do litro da gasolina.

A última movimentação no preço do produto se deu no último dia 12 de outubro, quando o preço médio do litro nas refinarias passou a custar R$ 2,1490, preço que ficou estável por quatro dias consecutivos até o aumento anunciado hoje e que passará a vigorar a partir de amanhã.

O óleo diesel cobrado nas refinarias está em R$ 2,3606, o litro, desde o dia 30 de setembro, quando foi reajustado. Antes custava R$ 2,2964.


19 de outubro de 2018
Brasil

STF decide que imóveis de programa habitacional não pagam tributos

Foto Rede Acontece

Imóveis financiados pelo Programa de Arrendamento, da Caixa Econômica Federal, têm imunidade tributária e não pagam IPTU, decidiu ontem (17) o Supremo Tribunal Federal.

O programa oferta casas populares à população com renda mensal de até R$ 1,8 mil por mês. O caso chegou ao STF por um recurso da Caixa, que foi condenada pela segunda instância da Justiça a pagar o tributo ao município de São Vicente, em São Paulo.

O banco estatal alegou que a Constituição garante a imunidade tributária de impostos entre o governo federal e dos estados. Além disso, a defesa da Caixa afirma que os imóveis pertencem ao patrimônio do fundo, que é da União, e não objetiva a exploração econômica.


19 de outubro de 2018
Brasil

Juiz de Fora: homem é encontrado morto em pensão que hospedou Adélio, agressor de Bolsonaro

Foto Reprodução

Um homem de 47 anos foi encontrado morto nesta quarta-feira (17) em uma pensão no bairro Santa Helena, em Juiz de Fora, interior de Minas Gerais. A hospedaria é a mesma em que morou Adélio Bispo, que está preso por esfaquear o candidato do PSL à presidência Jair Bolsonaro durante um ato público.

Por meio do Twitter, o capitão da reserva comentou o crime, suscitou uma espécie de “queima de arquivo” e associou o caso ao homicídio do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), em 2002: “Registrada a segunda morte na pensão que estava hospedado ex-integrante do PSOL que tentou me assassinar! Pode ser que seja muita coincidência, pode ser um novo Caso Celso Daniel a caminho! Que a verdade apareça!”.

A primeira morte a que o político se referiu no post foi a da dona da pensão, Aparecida Maria da Costa, vítima de complicações de saúde em decorrência de um câncer no mês de setembro.

Segundo o Uol, o corpo do homem identificado como Rogério Inácio Villas, hospedado no local a três meses, foi encontrado sem sinais de violência pela PM. Segundo a família, ele era usuário de drogas e já havia sido internado para tratamento da dependência.

Os moradores da pensão informaram à polícia que a vítima se queixou de dificuldades para respirar na segunda (15). Ele estaria se recuperando de uma pneumonia e tinha histórico de problemas cardíacos.


19 de outubro de 2018
Brasil

Presidente do PT diz que partido ‘errou ao subestimar’ campanha no Whatsapp

Imagem Reprodução

Presidente nacional PT, Gleisi Hoffmann disse que seu partido “errou ao subestimar” a campanha no Whatsapp e ressaltou que a sigla não se preparou devidamente.

“A gente já tinha isso mais ou menos no radar por conta da campanha do Trump, mas não nos preparamos devidamente. Acho que aí tem um erro do PT, de nós termos subestimado, não a força das redes sociais tradicionais, mas não nos preparamos para a questão do Whatsapp”, afirmou a petista, durante discurso no Senado.

Gleisi acusou, ainda, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) de usar o aplicativo para manipular o processo eleitoral. “O senhor é responsável por fraudar esse processo eleitoral, manipulando e produzindo mentiras veiculadas no submundo da internet através de esquemas de Whatsapp pagos, de fora deste País”, afirmou.


19 de outubro de 2018
Bahia

ACM Neto critica tucanos por ‘falta de compromisso’ com Alckmin

Foto Rede Acontece

Presidente do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto criticou tucanos, em entrevista à Folha, ao elencar os motivos para o “desastre eleitoral” de Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa pela Presidência da República.

“É preciso destacar a falta de compromisso dos aliados, a começar pelos próprios tucanos. Cada um cuidou de seu próprio umbigo. Na medida em que os próprios tucanos não davam exemplo, era difícil cobrar dos outros”, disse o democrata.

Um dos coordenadores da campanha de Alckmin, Neto também reconheceu que o grande tempo de televisão do tucano não funcionou.

“A campanha relativizou o peso que as redes teriam. Por outro lado, houve elementos que são alheios a qualquer previsão e foram determinantes. Os dois grandes fatos do primeiro turno foram: Lula pode ou não ser candidato, e a lamentável facada no Bolsonaro”, afirmou.

Para o presidente do DEM, o capitão reformado do Exército foi melhor do que Alckmin na comunicação e conseguiu encarnar o “sentimento da antipolítica”.

“Ele saiu na frente. Começou muito antes. Depois, ele passa firmeza nas suas palavras, fala fácil. As pessoas se identificam com o que ele diz. Fala de um modo muito mais fácil que Geraldo”, apontou.

Apoiador de Bolsonaro no segundo turno, o prefeito defendeu que o candidato do PSL não representa uma ameaça à democracia.

“Não apenas pelas palavras dele, mas porque eu penso que hoje as nossas instituições são muito mais fortes do que as pessoas”, afirmou. Segundo Neto, o “Bolsonaro candidato” é melhor “do que o deputado”.


19 de outubro de 2018
Brasil

Pagamento do 13º salário injeta R$ 211,2 bilhões na economia

Foto Rede Acontece

O pagamento do 13º salário vai injetar R$ 211,2 bilhões na economia brasileira até dezembro. O valor representa cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, beneficiando cerca de 84,5 milhões de trabalhadores do mercado formal, inclusive aposentados, pensionistas e empregados domésticos.

As estimativas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam um rendimento adicional de R$ 2.320,00, com fonte na relação anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

O trabalhadores do mercado formal representam 48,7 milhões, ou 57,6% do total beneficiados pelo pagamento do 13º salário. Os empregados domésticos são 1,8 milhão, ou 2,2 do total. Os aposentados e pensionistas representam 34,8 milhões, ou 41,2% do total. Dos R$ 211,2 bilhões pagos, os empregados do mercado formal ficarão com 66%, ou R$ 139,4 bilhões. Os aposentados e pensionistas receberão R$ 71,8 bilhões, ou 34%.

Os estados da região Sudeste ficarão com 49,1% do pagamento do 13º salário, seguido pelos estados do sul com 16,6%, Nordeste com 16%, Centro-oeste com 8,9% e Norte com 4,7%. O beneficiário com o maior valor médio (R$ 4.278,00) será pago no Distrito Federal e o menor no Maranhão (R$ 1.560,00) e Piauí (R$ 1.585,00).

A maior parcela que será paga aos assalariados do setor de serviços (incluindo administração pública), que receberão R$ 137,1 bilhões, ou 64,1% do total destinado ao mercado formal. Os empregados da indústria receberão 17,4%, os comerciários 13,3%, enquanto que os da construção civil ficarão com 3,1% e da agropecuária com 2,1%. O valor médio do 13º salário do setor formal ficará em R$ 2.927,21, sendo que a maior média será paga aos trabalhadores do setor de serviços com valor de R$ 3.338,81 e o menor para os trabalhadores do setor primário da economia, com R$ 1.794,86.

A economia paulista receberá cerca de R$ 60,7 bilhões, ou 28,8% do total do Brasil. Os beneficiados são estimados em 21,6 milhões, equivalente a 25,6% do total.


19 de outubro de 2018
Brasil

Investigação da PF sobre atentado a Jair Bolsonaro aponta para o PCC

Foto Reprodução

Já passava do meio da tarde de quinta-feira (18), quando deu entrada na Justiça Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais, um pedido do delegado Rodrigo Morais Fernandes para prorrogar o prazo de conclusão do segundo inquérito aberto para apurar as circunstâncias do ataque a faca que quase matou Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência da República.

Conforme a Revista Crusoé, no primeiro inquérito, finalizado há três semanas, o delegado concluiu que no dia do crime o auxiliar de pedreiro Adélio Bispo de Oliveira agiu sozinho, sem qualquer comparsa. Mas, como Crusoé já havia informado, uma segunda investigação foi aberta para averiguar se há um mandante ou, ao menos, se alguém incentivou Adélio a esfaquear Bolsonaro. No documento enviado nesta quinta ao juiz Bruno Savino, encarregado do caso, o delegado pede mais prazo para investigar, em especial, a suspeita de que por trás do ataque a Bolsonaro pode estar a maior facção criminosa do país: o Primeiro Comando da Capital.

Em sua edição de número 21, que foi ao ar no final de setembro, Crusoé revelou que a participação do PCC no crime estava entre as hipóteses consideradas pela Polícia Federal na investigação. Àquela altura, a equipe responsável pelo inquérito desconfiava, especialmente, do fato de os advogados que apareceram de repente para defender Adélio terem, em sua carteira de clientes, integrantes da facção. A suspeita inicial era de que o PCC pudesse estar custeando a defesa do agressor do candidato – os advogados são conhecidos por cobrarem caro por seus serviços e nunca explicaram, objetivamente, quem os contratou para defender Adélio.

Ainda segundo a Crusoé, com o avanço do trabalho da polícia, a suspeita mudou de patamar. Agora, a possível participação do PCC no atentado a Bolsonaro é considerada, oficialmente, a principal hipótese do inquérito. “Nossa principal linha de investigação é o envolvimento do PCC no crime”, confirmou a Crusoé o delegado Morais. No documento em que pede a prorrogação do inquérito, ao qual a reportagem teve acesso, Morais explica por que precisa de mais tempo para concluir o trabalho e, ao listar as razões, cita textualmente a facção nascida nos presídios. Ele diz, no pedido ao juiz, que é preciso apurar “o envolvimento de facções criminosas, a exemplo do Primeiro Comando da Capital-PCC, por detrás da ocorrência delituosa” e menciona que há diligências em curso destinadas a destrinchar os indícios do envolvimento da organização no crime. No mesmo expediente, o delegado revela que a suspeita sobre os advogados de Adélio também passou, oficialmente, a fazer parte do inquérito — sim, agora os advogados também estão sob investigação. O delegado afirma estar apurando fatos reportados em uma notícia-crime “que apontam para a prática dos crimes de integrar organização criminosa e contra a segurança nacional, dentre outros, atribuídos aos advogados de Adélio Bispo de Oliveira”.

É a primeira vez que a Polícia Federal admite, no papel, estar investigando suspeitas relacionadas aos advogados que apareceram para defender Adélio. Da mesma forma, é a primeira vez que a parte sigilosa da apuração sobre a suposta participação do PCC vai parar formalmente nos autos como uma importante linha do inquérito.

Conforme a publicação, não há, no documento, explicações detalhadas sobre as razões que põem a facção no radar dos policiais. Mas Crusoé apurou alguns dos elementos que levaram a equipe do delegado Morais a suspeitar do envolvimento da facção no crime. Os policiais trabalham com duas hipóteses principais. A primeira é a de que a facção possa ter encomendado o atentado. A outra é de que ela esteja patrocinando a defesa de Adélio Bispo. Destrinchando a suspeita original, surgida a partir da desconfiança em relação aos advogados, os policiais descobriram que, no rol de amigos de Adélio, havia um “faccionado” do PCC – como são chamados os detentos ou ex-detentos batizados pela organização. Foi no Facebook do agressor de Bolsonaro que apareceu a primeira pista. O tal amigo é de Montes Claros, no interior de Minas, cidade-natal de Adélio. Já passou pelo sistema prisional do estado, mas está hoje em liberdade. No início desta semana, os agentes federais saíram a campo para tentar localizá-lo. Descobriram que ele já não mora mais em Montes Claros. Mudou-se para Campinas, no interior de São Paulo, onde também está baseado um segundo personagem da investigação, amigo do amigo de Adélio, que é apontado pelas autoridades como integrante do PCC.

Nas redes sociais, esse segundo personagem aparece ostentando dinheiro e armas pesadas e exibindo tatuagens com referências a palhaços, algo que, no código do crime, é uma marca típica de criminosos que querem se mostrar como algozes de policiais. Ambos, o amigo de Adélio e o amigo do amigo de Adélio, continuam sendo procurados pela PF. Paralelamente, a equipe trabalha em outra ponta da investigação que relaciona o ajudante de pedreiro a faccionados do PCC em Florianópolis, uma das várias cidades onde o esfaqueador de Bolsonaro morou nos últimos anos. Essa ponta da investigação ainda é mantida sob absoluto sigilo.

Enquanto isso, em Minas, os investigadores procuram delinear a relação dos advogados de Adélio Bispo com “faccionados” do PCC. Nas últimas semanas, eles reuniram uma lista de detentos que, nos arquivos oficiais, são apontados como integrantes da facção e têm como defensores os mesmos advogados de Adélio. Ao menos dois desses “faccionados” estão atualmente cumprindo pena na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, e são clientes de Fernando Magalhães, um dos integrantes da equipe de criminalistas que defende Adélio. São acusados de crimes como tráfico de drogas e homicídio.

À Crusoé, Magalhães negou que esteja trabalhando no caso Adélio a soldo do PCC. “Eu não advogo para o PCC, mesmo porque o PCC é uma ficção, né? Uma denominada associação de criminosos que teriam uma bandeira. Eu advogo para algumas pessoas que seriam relacionadas a esse grupo criminoso”, disse. “A minha advocacia é séria. Meus clientes me contratam pontualmente por processo, para um júri, e eu atendo. Se ele for religioso ou for criminoso contumaz, me interessa o exercício do meu ofício”, emendou, em entrevista ao repórter Eduardo Barretto. O advogado foi além. Disse não acreditar em qualquer ligação de Adélio com o PCC e que, se a facção tivesse interesse em atacar Bolsonaro, usaria outros meios: “Se houvesse uma forte organização criminosa para praticar a morte do presidenciável, teriam dado para ele uma arma, não uma faca. Se fosse ligado a essa facção criminosa, que é temida principalmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, eles certamente teriam poderio financeiro e logístico para providenciar ataques. Eu sequer consigo acreditar nessa possibilidade de o Adélio ter contado com qualquer pessoa relacionada a essas pessoas. Sequer acredito que tenha tido esse tipo de contato. Mas eu não defendo PCC. Eu defendo pessoas que estão sendo processadas pela Justiça, inclusive deputados. Qualquer um.”

Não foi só dos policiais que os advogados chamaram a atenção quando se apresentaram para defender o ajudante de pedreiro, logo após o ataque a Bolsonaro em Juiz de Fora. Horas depois de Adélio ser preso em flagrante, os advogados – Magalhães entre eles – correram até Juiz de Fora. Chegaram à cidade a bordo de um avião particular. Era o início de uma sequência de mistérios e histórias desencontradas. Quem paga? Quanto custa? Quais os interesses de quem custeia a defesa? Os advogados, até aqui, mantêm no anonimato o contratante – ou os contratantes. As versões são nebulosas.

Um deles, Zanone Júnior, disse ter sido acionado por uma pessoa que seria ligada a uma igreja frequentada no passado por Adélio e que, em seguida, chamou os outros três colegas para ajudá-lo na empreitada. Entre eles, Fernando Magalhães. Zanone contou que, pelo serviço, recebeu dois pagamentos em dinheiro vivo. O quarteto é conhecido em Minas por cobrar caro e também por atuar em casos de grande repercussão – Zanone, por exemplo, trabalhou no processo que levou o goleiro Bruno à prisão.

Os policiais que atuam no inquérito estão em permanente contato com o staff de Bolsonaro. E tentam obter do candidato e de familiares informações que possam ajudar na apuração – como, por exemplo, dados sobre ameaças ocorridas antes ou mesmo depois do atentado. Foi em um desses contatos que eles receberam, por exemplo, a notícia de que, em 17 de setembro, tiros teriam sido disparados para o alto, durante a noite, nas proximidades do condomínio onde mora o presidenciável, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Na ocasião, Bolsonaro ainda estava internado em São Paulo. Um boletim de ocorrência foi registrado.

Ainda é prematuro afirmar que o PCC está por trás do atentado a Bolsonaro. Mas o fato de a Polícia Federal apontar essa suspeita como a principal linha de investigação do segundo inquérito aberto para investigar o crime abre um novo flanco que pode dar ao caso outra dimensão. Contribuem para reforçar a hipótese dos investigadores alguns elementos colhidos em trabalhos de inteligência da própria PF destinados a monitorar a ação da facção criminosa – especialmente nas situações que envolvem crimes federais, como lavagem de dinheiro. Em interceptações telefônicas, chefes do PCC aparecem fazendo referências nada elogiosas a Jair Bolsonaro. A leitura dos policiais é a de que a promessa do candidato de radicalizar o combate ao crime organizado representa uma ameaça aos criminosos e que, por isso, eles estariam temerosos com a sua possível eleição. As informações são da Revista Crusoé, do Antagonista.


18 de outubro de 2018
Brasil

PT entra com pedido de investigação e pede inelegibilidade de Bolsonaro

Imagem Divulgação

O PT entrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com uma ação de investigação contra o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) e empresas apontadas como responsáveis por bancar a disseminação de mensagens contra a campanha do PT pelas redes sociais. O partido do presidenciável Fernando Haddad (PT) pede à Corte eleitoral que declare a inelegibilidade de Bolsonaro para os próximos oito anos após a eleição atual.

Na ação, o partido cita que há indícios de que foram comprados pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT pelo aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp, conforme noticiado pelo jornal Folha de S.Paulo.

O PT pede à Justiça Eleitoral que seja decretada busca e apreensão de documentos na sede da Havan e na residência de Luciano Hang, dono da empresa, apontado pelo jornal como um dos responsáveis pelo pagamento do conteúdo. Além disso, a legenda de Haddad quer que o aplicativo WhatsApp seja determinado a apresentar em 24 horas um plano de contingência para suspender o disparo em massa de mensagens ofensivas ao presidenciável petista.

No pedido, o TSE é cobrado para requerer a Luciano Hang documentação sobre eventual contribuição feita em apoio a Jair Bolsonaro. Em caso de negativa, a ação pede que seja expedido mandado de prisão contra o empresário. O partido pede também a oitiva e a quebra de sigilo bancário, telefônico e telemático dos citados na ação, que também engloba outras empresas apontadas como responsáveis pela onda de mensagens na rede social.