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31 de outubro de 2018
Brasil

Futuro ministro da Defesa defende uso de atiradores de elite contra criminosos

Foto Reprodução

O general da reserva Augusto Heleno, futuro ministro da Defesa no governo de Jair Bolsonaro (PSL), apoiou, nesta quarta-feira (31/10) a polêmica proposta do governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), de usar atiradores de elite para conter criminosos que portem armamentos de uso restrito. O general da reserva disse que já fez uso da mesma “regra de engajamento”, no linguajar militar, enquanto atuava no Haiti e que não se trata de uma autorização para matar de forma indiscriminada. As declarações foram feitas em entrevista exclusiva à Rádio Nacional, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). “Minha regra de engajamento no Haiti era muito parecida com essa que o futuro governador colocou. É óbvio que muita gente faz uma distorção nisso e acaba dizendo que é uma autorização para matar. É uma reação necessária à exibição ostensiva que tem sido feita no Rio de Janeiro de armas de guerra nas mãos, muitas vezes, de jovens”, disse. O militar lembrou que esses fuzis, normalmente, são empregados em ações que resultam em mortes de inocentes e de policiais envolvidos em confrontos e defendeu a retomada do respeito pelas forças legais. “Nós não vamos readquirir esse respeito com as regras de engajamento benevolentes que temos hoje”, destacou. “Não é uma autorização para matar indiscriminadamente. Precisa ter um critério muito bem consolidado. Precisa haver um treinamento bem feito das tropas para que isso seja respeitado. Tivemos essa regra no Haiti durante mais de dez anos e não há casos de execuções indiscriminadas. É uma questão de treinamento e, de pouco a pouco, se readquirir o respeito.” (Aratu online)


31 de outubro de 2018
Brasil

Horário de verão tem início à 0h de domingo em 11 estados

Foto Reprodução

A partir da zero hora do próximo domingo (4), os brasileiros de 10 estados e do Distrito Federal devem ajustar os relógios para dar início ao horário de verão. O horário adiantado em uma hora em relação ao horário normal ficará em vigor até a meia noite do dia 15 de fevereiro de 2019.

Os estados afetados são: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo e o Distrito Federal.

O Ministério de Minas e Energia explica que as regiões Norte e Nordeste não adotam o horário de verão, porque a hora adiantada é mais eficaz nas regiões mais distantes da Linha do Equador, onde há uma diferença mais significativa na luminosidade do dia entre o verão e o inverno.

Nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país, os dias de verão são mais longos. O objetivo é estimular as pessoas e as empresas a encerrarem as atividades do dia mais cedo, a aproveitarem a iluminação natural e evitar que equipamentos eletrônicos sejam ligados para reduzir o consumo e a demanda energética no horário das 18h às 21h.

O ministério explica que no período também há aumento da temperatura e consequente aumento do uso de aparelhos de ar-condicionado, o que neutraliza o impacto no sistema elétrico.

Com o início do horário de verão no próximo fim de semana, a Infraero informou que os aeroportos da rede nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste funcionarão de acordo com o horário especial.

A empresa recomenda aos passageiros que, em caso de dúvidas sobre os horários de voos, entrem em contato com as companhias aéreas.

No próximo domingo, será realizada a primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018. O Ministério da Educação divulgou diferentes horários de abertura e fechamento dos portões nos locais de provas. Confira os horários em cada estado.


31 de outubro de 2018
Brasil

‘Não sou o mais capacitado, mas Deus capacita os escolhidos’, diz Bolsonaro em culto

Foto Reprodução

Em seu primeiro ato público após ter sido eleito presidente, Jair Bolsonaro (PSL) foi a um culto na Assembleia de Deus Vitória em Cristo, do pastor Silas Malafaia, na noite desta terça-feira (30).

Ele chegou pouco depois das 20h, aos gritos de “mito” e fez um breve discurso ao lado de Malafaia, seu apoiador e responsável por celebrar seu casamento com Michelle Bolsonaro.
Emocionado, Bolsonaro fez um agradecimento por estar vivo após ter sido esfaqueado em ato de campanha, em setembro.

“Eu tenho certeza que eu não sou o mas capacitado, mas Deus capacita os escolhidos”, afirmou.
A presença de Bolsonaro moveu os fieis em direção ao palco, que prontamente sacaram os telefones dos bolsos e apontaram em direção ao presidente eleito.

Antes de deixar o local, ele foi a uma sala reservada, onde conversou com Malafaia. O deslocamento de Bolsonaro se deu sob forte esquema de segurança. Na saída, ele atendeu ao pedido de apoiadores e abriu a porta do carro blindado da Polícia Federal para fazer um breve aceno, que durou menos de um minuto.


31 de outubro de 2018
Brasil

Witzel diz que já procura por atiradores para ‘abater’ criminosos

Foto Reprodução

O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), apoiador do futuro presidente Jair Bolsonaro (PSL), afirmou, em entrevista nesta terça-feira (30), à GloboNews, que já solicitou às tropas de elite das polícias fluminenses um levantamento com o número de snipers – atiradores especializados – à disposição do estado para trabalhar no “abate de criminosos que estejam portando armas restritas a partir de primeiro de janeiro”.

Ele disse que este número já foi pedido ao Batalhão de Operação Especiais da Polícia Militar (Bope) e à Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core).

Nas palavras de Witzel, “a lei foi feita para ser interpretada e, por isso, o estado vai defender juridicamente os policiais que matarem traficantes com fuzis. Mas, se a Justiça entender que eles devem ser expulsos, eles serão”.

Questionado sobre casos em que pessoas foram mortas por portar furadeiras e até guarda-chuvas, que foram confundidos com armas, Witzel disse: “Em nenhum desses casos os tiros partiram de snipers. Não serão quaisquer policiais orientados a isto e os snipers vão passar por ainda mais treinamentos. Eu sempre digo o seguinte: prefiro defender um policial no tribunal do que ir ao funeral dele. Atirou, matou, está correto”, disse o governador eleito pelo Partido Social Cristão.

Pouco conhecido no Rio de Janeiro até o primeiro turno das eleições, Witzel foi eleito após declarar apoio a Bolsonaro e só começou a aparecer de forma relevante nas pesquisas de intenção de votos no dia anterior ao primeiro turno.


31 de outubro de 2018
Brasil

Bolsonaro anuncia astronauta Marcos Pontes como ministro da Ciência e Tecnologia

Foto Reprodução

Pontes é o primeiro e único brasileiro a ter voado para o espaço. Com ele, Bolsonaro já confirmou os nomes de quatro ministros do futuro governo.
Comunico que o Tenente-Coronel e Astronauta Marcos Pontes, engenheiro formado no ITA, será indicado para o Ministério da Ciência e Tecnologia. É o quarto Ministro confirmado!

O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou no Twitter nesta quarta-feira (31) que o astronauta Marcos Pontes será o ministro da Ciência e Tecnologia em seu governo.

“Comunico que o Tenente-Coronel e Astronauta Marcos Pontes, engenheiro formado no ITA, será indicado para o Ministério da Ciência e Tecnologia. É o quarto Ministro confirmado!”, escreveu.

Além de Pontes, Bolsonaro já havia anunciado o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para a Casa Civil; Paulo Guedes, para o futuro Ministério da Economia; e o general Augusto Heleno, para o Ministério da Defesa.

Na segunda-feira (29), Pontes já havia se manifestado sobre o convite de Bolsonaro. Em um vídeo publicado no Facebook, ele disse que está “muito feliz” pela “oportunidade de participar deste novo governo em uma área que tem sido a minha vida por 41 anos”.

Ele também afirmou que as áreas de ciência e tecnologia devem buscar inovações específicas para a realidade brasileira.

“Como sempre digo, educação para formar cidadãos qualificados; ciência, para desenvolver ideias e soluções específicas para o Brasil; tecnologia, para transformar essas ideias em inovações, que vão se transformar em novos produtos. Estes vão se transformar em novas empresas, que vão gerar novos empregos. Esse ciclo virtuoso é o que a gente quer criar aqui no Brasil”, disse.

Astronauta Marcos Pontes fala sobre convite para ser ministro da Ciência e Tecnologia

Carreira
Marcos Pontes ficou conhecido no Brasil e no mundo como o primeiro e único astronauta brasileiro. Durante 40 anos de carreira, Pontes foi aviador, piloto de caça e seguiu carreira militar, chegando ao posto de tenente-coronel.

Às 23h30 do dia 29 de março de 2006 (no horário de Brasília), Pontes entrou para a história como o primeiro brasileiro a voar para o espaço. Acompanhado do russo Pavel Vinogradov e do norte-americano Jeffrey Williams, ele decolou da base de Baikonur, no Cazaquistão, a bordo da nave russa Soyuz-TMA 8, com destino à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Atualmente, é Embaixador da Boa Vontade na Organização das Nações Unidas (ONU), dá palestras e trabalha na Nasa, a agência espacial norte-americana.


30 de outubro de 2018
Brasil

Alexandre Frota quer transferência de Lula para ‘presídio comum’

Foto Rede Acontece

O ex-ator pornô Alexandre Frota (PSL), que foi eleito deputado federal pelo estado de São Paulo, usou o Twitter nesta terça-feira (30) para defender ideias nas quais ele acredita serem benéficas para o país, como por exemplo “destruir os direitos humanos”.

O futuro parlamentar também defendeu a transferência de Lula para um presídio comum – o ex-presidente está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba – e falou em criar uma severa lei antiterrorismo contra o MTST e o ex-presidenciável Guilherme Boulos, do PSOL.

“O Pt e a esquerda nojenta desse país mostrou sua covardia e toda a sua maldade durante anos e nesse processo eleitoral. Eu não vou aliviar , não me venham com papinho de democracia ok.Vai ser sem sentimentos eu vou continuar a luta não me importo com quem agora mudou.Comigo não”, escreveu o deputado federal eleito.


30 de outubro de 2018
Brasil

Reforma da Previdência é urgente, mas país precisa de outras mudanças, diz presidente do Itaú

Foto Rede Acontece

O presidente do Itaú, Candido Bracher, listou a reforma da Previdência como a mais urgente a ser realizada pelo novo governo, mas ressaltou que outras mudanças precisam ser feitas para que o país apresente crescimento econômico maior.

“A principal, no sentido de que precede as demais e é mais urgente, é a reforma da Previdência. Mas se ficarmos só nisso, o crescimento vai ser medíocre”, afirmou.

Para ele, sem outras reformas, o PIB (Produto Interno Bruto) potencial do país é de cerca de 2%, e que o Brasil deveria crescer mais.
Bracher defendeu uma reforma educacional, sem citar como seria essa mudança. “Não só por questão de ganho de produtividade, mas em igualdade de oportunidades”, acrescentou.

Ele listou ainda a necessidade de uma reforma política, que melhoraria a representatividade no Congresso e a aprovação de reformas no futuro. Em pronunciamento, Bracher havia citado também a necessidade de uma reforma tributária.

Bracher considerou que a reforma da Previdência em tramitação no Congresso deveria ser aprovada neste ano e, caso fosse desejo do novo governo, novas mudanças poderiam ser apresentadas no próximo ano.

Na noite de segunda (29), o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), defendeu que o texto proposto pelo governo Temer seja aprovado antes de sua posse, depois de já ter afirmado que a proposta era ruim.

Sobre as declarações polêmicas do novo presidente, Bracher afirmou que o posicionamento do Itaú sobre liberdade de imprensa e respeito à diversidade “não é novo e não mudou”.

“Consideramos a liberdade de imprensa um dos princípios fundamentais da democracia. E temos respeito a diversidade no Itaú”, disse.
O presidente do Itaú defendeu, ainda, a possibilidade de usar as reservas internacionais do país, que somam cerca de US$ 380 bilhões, para a redução da dívida.

“Reservas internacionais são dólares que o país tem e que para comprá-los o país emitiu dívida. O que está se falando é usar a reserva para pagar a dívida que foi emitida. Ela custa 6,5% ao ano, e a reserva rende 1% a 1,5% ao ano, que é a taxa do dólar. Acho saudável usar uma parte das reservas para amortizar dívida”, afirmou.

Ele criticou, porém, a proposta que havia sido apresentada pelo PT durante a campanha, que envolvia o uso das reservas para investimentos. E disse ainda que as reservas podem ser reduzidas, mas precisam permanecer em bom volume porque foram elas que impediram que o Brasil atravessasse uma crise cambial como a Argentina e a Turquia enfrentaram nos últimos meses.

O presidente do Itaú falou à imprensa para detalhar os resultados do banco no terceiro trimestre. O lucro líquido do Itaú cresceu 3,2%, para R$ 6,5 bilhões, no período quando comparado com igual trimestre de 2017. O maior banco privado do país foi o primeiro entre as grandes instituições financeiras a divulgar os resultados trimestrais, na noite desta segunda.

A margem financeira (receita de operações de crédito com clientes e o mercado financeiro) foi de R$ 17,4 bilhões nos últimos três meses, alta de 3,8% na comparação com o terceiro trimestre de 2017.

A carteira de crédito do banco somou R$ 636,4 bilhões, expansão de 10,6% em um ano. O avanço foi puxado por operações na América Latina, excluindo Brasil, que atingiu 27,4%. No Brasil, o principal crescimento foi nos empréstimos relacionados a cartão de crédito (20%) e crédito pessoal (11,3%).

A taxa de inadimplência acima de 90 dias no trimestre foi de 2,9%, alta de 0,1 ponto percentual na comparação com o segundo trimestre, mas queda de 0,3 ponto ante o terceiro trimestre do ano passado.

O banco destacou que houve uma redução no custo do crédito, que envolve a reserva para cobrir eventuais calotes. Essa despesa recuou 18,2% em um ano, somando R$ 3,3 bilhões nos meses de julho a setembro.

A receita com prestação de serviços e seguros (tarifas de conta corrente e cartões, por exemplo) alcançou R$ 10,2 bilhões, aumento também na casa dos 3% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado.

Houve queda, porém, na leitura da passagem do segundo para o terceiro trimestre, puxada pela redução nas receitas de assessoria econômica e corretagem, que tombaram 33%. Bracher explicou que a atividade de emissão de dívidas e abertura de capital diminuiu no período, reflexo da incerteza eleitoral.

O banco relatou também crescimento em despesas. O motivo, segundo o presidente do Itaú, foi o crescimento em contratações de pessoal na área para a venda de seguros e de maquininhas de cartão da Rede.

O banco fechou o terceiro trimestre com 1,1 milhão de equipamentos, queda de 8% na comparação com o mesmo período de 2017. A redução ocorreu mesmo com o lançamento da Pop Credicard, maquininha lançada para concorrer com novatas do setor, como a PagSeguro.

“Em adquirência o mercado está extremamente concorrido com novos participantes e pressão de margens, mas estamos determinados a continuar muito atuantes e manter participação”, disse Bracher.


30 de outubro de 2018
Brasil

Petrobras reduz em 6,2% preço da gasolina nas refinarias

Foto: Rede Acontece

A Petrobras anunciou a redução de 6,2% no preço da gasolina a partir desta quarta-feira (31). O litro do combustível passará a ser negociado a R$ 1,8623 nas refinarias da estatal, R$ 0,12 a menos do que o preço atual. As informações são da Agência Brasil.

No mês, a gasolina teve uma queda de preço acumulada de 15,96%, já que, em 30 de setembro, o litro do combustível era negociado a R$ 2,2159 -R$ 0,35 a mais do que o preço que será aplicado a partir desta quarta.

Nesta terça (30), o óleo diesel já sofreu uma redução de preço de 10,07% e passou a ser vendido a R$ 2,1228 por litro.


30 de outubro de 2018
Brasil

Força Sindical: alternância no poder é um dos pilares da democracia

Foto Reprodução

Por meio de nota, a direção da Força Sindical disse respeitar o resultado das eleições e defendeu que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) deve passar a “falar para todos os brasileiros, e não somente para o seu eleitorado, posição esta que deve ser, também, das forças de oposição”.

“A Força Sindical é uma central sindical que sempre defendeu a democracia, e a alternância no poder é um dos seus pilares. Neste sentido, respeitamos o resultado eleitoral e desejamos que o eleito, em cumprimento aos primados democráticos da nossa Constituição, possa recolocar o País no rumo do desenvolvimento, do respeito aos direitos trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores, aos direitos individuais e à imprensa livre”, diz trecho da nota.

A entidade afirmou ainda que vai “cumprir seu papel histórico e institucional” e “representar os trabalhadores e sua luta por emprego decente, por uma aposentadoria justa, pela retomada do crescimento e em defesa do patrimônio nacional”.


29 de outubro de 2018
Brasil

Um dia após eleição, país enfrenta nova greve dos caminhoneiros

Foto Rede Acontece

Após a enxurrada eleitoral, a vida real volta a se impor. Começa nesta segunda-feira uma nova greve dos caminhoneiros, com início previsto em Goiás. Logo no primeiro dia após uma conturbada eleição, o país parece enfrenta nova rodada de polêmicos embates entre sociedade civil, representantes de setores comerciais e o Estado.

O motivo da greve é o descumprimento da tabela do piso mínimo do frete, que os caminhoneiros entendem como uma falha da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Segundo os motoristas, as transportadoras estão pagando um valor abaixo do frete mínimo, além de “perseguirem” os caminhoneiros que não aceitarem o valor.


29 de outubro de 2018
Brasil

Dinheiro está voltando para o Brasil, diz executivo da Bolsa de NY

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O dinheiro está voltando para o Brasil, afirma Alexandre Ibrahim, responsável por mercados internacionais da mais importante Bolsa do mundo, a Nyse, Bolsa de Valores de Nova York. A avaliação leva em consideração um termômetro americano: o crescente interesse de empresas brasileiras em fazer ofertas de ações nos Estados Unidos para se capitalizar e investir.

À reportagem, Ibrahim contou ter identificado uma diferença de ânimo dos empresários brasileiros durante sua mais recente visita a São Paulo, na semana encerrada em 19 de outubro.

“Eu fiquei três dias em São Paulo. Acho que as coisas estão mudando um pouco, e estão mudando mais rápido do que esperávamos, para ser honesto”, afirmou. “Fiquei muito surpreso, porque estive no Brasil dois meses antes, e o sentimento não era tão otimista quanto na semana passada. O interesse de empresários em falar conosco foi incrível.”

Esse interesse está tão elevado, diz, que, no dia em que a entrevista foi realizada, na quinta-feira (25), uma empresa de tecnologia brasileira estava na Bolsa americana procurando conhecer o processo. “Eu estava com uma delas nesta manhã, antes de conversar com você. Estava aqui, visitando a gente”, conta.

Na Nyse, o Brasil é o quarto país com mais empresas listadas -31 no total. Fica atrás de Canadá, Grande China -que inclui Hong Kong, Macau e Taiwan- e Reino Unido.

Segundo ele, as empresas estão começando a se aproximar não só da Nyse para entender o processo, mas também de bancos e advogados que poderão ajudar nos eventuais IPOs (ofertas públicas iniciais de ações) na Bolsa americana.

Ibrahim vê dinheiro voltando para o Brasil. Vai para empresas de tecnologia, como a PagSeguro, que levantou US$ 2,3 bilhões no início do ano no maior IPO realizado por um grupo estrangeiro em Wall Street desde o gigante chinês do comércio online Alibaba, que levantou US$ 25 bilhões (R$ 79 bilhões) em 2014.

Vê também recursos fluindo para gigantes como Vale e Petrobras, e para empresas que dependem do consumo interno, como as aéreas Gol e Azul.

“Eles veem o Brasil como uma boa oportunidade neste ponto. E também porque o mercado esteve tão turbulento que os investidores podem ver o Brasil subvalorizado e é o tempo certo de entrar”, diz.

A leitura de Ibrahim é que a eleição teve impacto momentâneo e natural. “Toda vez que há eleições presidenciais -vimos o que aconteceu no Chile, Peru, México, na América Latina em geral- os mercados tendem a fechar. Mesmo aqui nos EUA. Em 2016, tivemos uma eleição presidencial e as coisas desaceleraram”, diz.

Ele avalia que, se tudo ocorrer bem no processo de transição política, o ano de 2019 pode ser muito bom e o Brasil pode se tornar um grande mercado para a Nyse. Ibrahim afirma que, pelo tamanho do país, há um grande apetite por ativos brasileiros.

“O Brasil é um grande país. Há muitas oportunidades lá. Espero que as coisas se estabilizem e os investidores fiquem ainda mais confortáveis em participar no crescimento da economia brasileira, comprando ações de companhias abertas na Nyse”, disse.

Agora, a retomada esperada deve propiciar uma diversificação. Ele vê espaço para mais empresas de tecnologia na Bolsa. “O Brasil poderia, de longe, estar melhor representado porque há vários subsetores inovando e muitas fintechs (empresas de tecnologia da área financeira).”


29 de outubro de 2018
Brasil

Reestruturação de ministérios será primeira medida da gestão Bolsonaro

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A reestruturação de ministérios vai ser a primeira medida a ser anunciada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). O sucessor de Michel Temer deve voltar atrás na extinção de, pelo menos, quatro pastas, após pressão dos setores do agronegócio e da indústria, além de conversas com a equipe do atual governo.

Devem ser mantidos como pastas independentes os ministérios de Minas e Energia, Transporte, Meio Ambiente e Indústria e Comércio podem ser mantidos como pastas independentes. Assim, Bolsonaro deverá descumprir a promessa de cortar os ministérios de 29 para 15. Serão ao menos 19.

O superministério que seria formado pela junção das pastas de Energia e Transportes deve continuar separado pela complexidade e quantidade dos problemas que ambos enfrentam.

Criada por Temer, a secretaria do PPI (Programa de Parcerias em Investimentos), também pode ser se tornar um novo ministério, mas vai continuar com sua estrutura administrativa vinculada à Presidência da República.