A candidata a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes (PDT), derrotado no primeiro turno, disse que o PT teve o que mereceu, com a vitória de Jair Bolsonaro (PSL).
“Não adianta xingar nem chorar. Tiveram o que mereceram. O Brasil sinalizou varias vezes que não queria o PT no governo. Insistiram por pura soberba. As pessoas só servem pra vcs quando os apoia. Se não, vcs destilam odio. Vão dormir com esta”, publicou ela no Twitter.
Ela defendeu ainda que Ciro teve “brio”, “dignidade” e vergonha na cara. “Coisa que falta em muita gente como vcs que estão esperneando”, afirmou a senadora.
A observadora Laura Chinchilla, da missão eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA), disse hoje (28) que o grupo está “impressionado positivamente” com a organização das eleições no Brasil e com a integração das autoridades envolvidas.
Ela afirmou que o Brasil tem poucos registros de problemas no processo, mesmo sendo uma das maiores democracias do continente. A declaração foi dada durante visita de autoridades ao Centro Nacional do Sistema Único da Segurança Pública, para as Eleições, em Brasília.
Responsável pela Lava Jato em primeira instância, o juiz federal Sérgio Moro parabenizou Jair Bolsonaro, que elegeu-se presidente na noite de hoje (28).
“Encerradas as eleições, cabe congratular o presidente eleito e desejar que faça um bom governo”, escreveu o juiz da Lava Jato.
O presidente Michel Temer telefonou há pouco para o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), para parabenizá-lo pela vitória obtida nas urnas neste domingo (28).
Em sua conta no Twitter, Temer disse que já conversou com seu sucessor. “Acabei de parabenizar o presidente eleito Jair Bolsonaro pela vitória histórica conquistada hoje. Terminada a eleição, é hora de todos, unidos, continuarmos a trabalhar pelo Brasil”.
Temer fará um pronunciamento ainda hoje no Palácio da Alvorada.
Apuração
Com 98,38% das urnas apuradas em todo país, Jair Bolsonaro tem 55,34% dos votos válidos. Seu oponente, o candidato pelo PT, Fernando Haddad, tem 44,66% dos votos.
Os votos brancos somam 2,15%; os nulos, 7,44%. As abstenções estão
Jair Bolsonaro fez na noite deste domingo (28) o seu primeiro discurso público após ter a vitória nas urnas confirmada. O presidente da República eleito pelo PSL acompanhou a apuração ao lado da família, na casa dele, que fica na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
“Fizemos uma campanha diferente das outras. Nossa bandeira, nosso slogan, eu fui buscar naquilo que muitos chamam de caixa de ferramentas para consertar o homem e a mulher, a Bíblia sagrada”, começou Bolsonaro em vídeo no Facebook.
“Não poderíamos mais ficar flertando com o socialismo, o comunismo, o populismo e o extremismo da esquerda. Todos compromissos assumidos serão cumpridos, com as mais variadas bancadas”, acrescentou o presidente eleito.
“O que eu mais quero é, seguindo ensinamentos de Deus, ao lado da Constituição brasileira e com uma boa assessoria técnica, isenta de indicações políticas, começar a fazer um governo que possa realmente colocar nosso Brasil num lugar de destaque. Temos tudo para ser uma grande nação. Vamos juntos mudar o destino do Brasil. Sabíamos para onde estávamos indo, agora sabemos para onde queremos ir”, finalizou Bolsonaro.
Logo depois do discurso feito pelo Facebook, Jair Bolsonaro falou à emissoras de TV.
“Queria pedir sabedoria pra que nós possamos continuar nossa jornada na Presidência da República”, começou.
“Nosso governo será formado por pessoas que tenham o mesmo propósito de cada um que me ouve, de transformar o Brasil numa livre e próspera nação. Liberdade é um princípio fundamental. Liberdade de ir e vir, de andar nas ruas, liberdade de empreender, liberdades política e religiosa, ce fazer escolhas e ser respeitados por elas. O que ocorreu hoje nas urnas, não foi a vitória de um partido. O compromisso que assumimos com os brasileiros e de fazer um governo decente. Emprego, renda e equilíbrio fiscal são nosso compromisso”, disse Bolsonaro (PSL) em discurso”, acrescentou.
“O Brasil deixará de estar apartado das nações mais desenvolvidas. Buscaremos relações bilaterais. Recuperaremos o respeito internacional. Emprego, renda e equilíbrio fiscal é o nosso compromisso para ficarmos mais próximos de oportunidades e trabalho para todos. Quebraremos o círculo vicioso do crescimento da dívida, substituindo pelo círculo virtuoso de menores déficits. Somos um grande país e agora vamos juntos transformar esse país em uma grande nação, livre, democrática e próspera”, afirmou o presidente eleito.
Com 81,01% das urnas apuradas, o candidato Coronel Marcos Rocha (PSL) está matematicamente eleito governador de Rondônia com 65,83% dos votos válidos. Expedito Junior (PSDB) tem 34,17%.
Os votos brancos somam 2,39% e os nulos, 7,09%. Até o momento, a abstenção registrada é 25,08%.
Coronel Marcos Rocha foi o segundo colocado na disputa para o governo do estado e ficou com 23,99% dos votos no primeiro turno. Coronel reformado da Polícia Militar, disputou sua primeira eleição, filiado ao partido de Jair Bolsonaro, eleito presidente neste domingo. Foi secretário estadual de Justiça, no governo de Confúcio Moura, e enfrentou a resistência de agentes socioeducativos, porque não estava fornecendo água para os trabalhadores. Também foi secretário municipal de Educação de Porto Velho.
Atual governador do Amapá, Waldez Góes (PDT) acaba de conquistar, matematicamente, a reeleição. Ele tem 52,32% dos votos válidos, contra 47,68% de João Capiberibe (PSB), com 96,81% das urnas apuradas. Góes já governou o estado duas vezes.
Em 2010, logo depois de deixar o cargo para concorrer ao Senado, Góes foi preso pela Polícia Federal, acusado de desviar recursos públicos. No ano passado, foi inocentado pelo Superior Tribunal de Justiça, que entendeu não haver provas suficientes contra ele. Natural de Gurupá, tem 57 anos.
Em sua primeira disputa eleitoral, o empresário Romeu Zema Neto (Novo), 54, foi eleito governador de Minas Gerais neste domingo (28), alcançando a principal aspiração do seu partido, a de tirar grupos políticos tradicionais do poder. Ele aproveitou a onda nacional de Jair Bolsonaro (PSL) e derrotou PT e PSDB, até então as principais forças políticas do estado.
Com 74% das urnas apuradas, Zema tem 71,28% dos votos válidos, contra 28,72% de Anastasia.
O senador e ex-governador Antonio Anastasia (PSDB), 57, que disputou o segundo turno das eleições, ainda tem mais quatro anos de mandato no Senado.
Registrado em 2015, o Partido Novo participa de sua segundo eleição e já conquista o governo do segundo maior colégio eleitoral do país. Em 2016, o partido elegeu somente quatro vereadores. Neste ano, além de Zema, foram eleitos oito deputados federais, 11 estaduais e um distrital.
O Novo não faz coligação com outros partidos e não usa verba pública para campanha. Para o cientista político Malco Camargos, da PUC-MG, Minas será a vitrine de um partido de pouca expressão e penetração nacional. “A eleição em Minas terá papel fundamental na política nacional no sentido de revelar a capacidade da gestão da política feita de fora da política, num estilo de pensar políticas públicas muito diferente do que é a prática.”
Zema aceitou entrar na política após ter recusado dois convites do Novo. “Se nós, que temos ética e alguma competência, não contribuirmos, o que está aí vai continuar acontecendo”, afirmou.
Natural de Araxá, no Triângulo Mineiro, Zema herdou os negócios do avô e multiplicou a rede de lojas de eletrodomésticos, móveis, vestuário, postos de combustíveis, concessionárias e financeiras.
Divorciado e pai de dois filhos, ele acumula patrimônio de quase R$ 70 milhões e promete morar em uma casa comum, não do Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governador.
Zema assumiu o controle do grupo familiar em 1991 e permaneceu na presidência até 2016, quando o comando foi passado, pela primeira vez, a uma pessoa que não é da família. O empresário, então, passou a presidir o Conselho Administrativo, formado pelos principais acionistas. No início de 2018, ao se filiar ao Partido Novo, se afastou definitivamente da gestão. O irmão, Romero Zema, ficou com a tarefa.
O Grupo Zema foi fundado em 1923 e fatura R$ 4,4 bilhões ao ano. São 800 pontos de venda em dez estados, com 5.300 empregados diretos.
Em 1999, o governador eleito, seu irmão e seu pai se filiaram ao antigo PL, partido que hoje é o PR, integrante do chamado centrão e que deu sustentação ao governo do PT tanto em Minas como na Presidência. Zema afirma que nunca teve atividade política e que nem se lembrava da filiação, feita para ajudar um amigo.
Sem experiência em gestão pública, Zema terá que administrar um déficit orçamentário de R$ 11,4 bilhões previsto para 2019. Durante a campanha, afirmou que sua prioridade será normalizar o pagamento de salário ao funcionalismo e de repasses constitucionais às prefeituras, que estão atrasados.
A equipe econômica de Zema será montada pelo economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e um dos idealizadores do Plano Real. Não está descartado que o próprio assuma a Fazenda.
O principal conselheiro, vereador Mateus Simões (Novo), e o vice, Paulo Brant, também já buscam nomes para o governo.
As chaves para enfrentar a crise fiscal são corte radical de gastos e de cargos de indicação política, renegociação da dívida com a União e atração de empresas para gerar arrecadação.
Com apenas três deputados do Novo na Assembleia, Zema terá dificuldade em aprovar propostas, mas aposta no bom senso dos parlamentares. “As urnas já sinalizaram, e eles estão atentos, que a população quer mudança. Se alguém se negar a contribuir, vai estar se condenando para a próxima eleição, porque vou deixar muito claro que aquela pessoa está ali por interesse próprio.”
Zema foi eleito com a defesa da plataforma liberal e antipolítica do Novo, que prega menos intervenção do estado. Ele prometeu acabar com privilégios de políticos e servidores, simplificar tributos, montar um secretariado técnico, acabar com balcão de negócios e corrupção, buscar a iniciativa privada para ampliar serviços de saúde e educação, além de valorizar as empresas estatais para talvez privatizá-las.
O que impulsionou o empresário nas urnas, no entanto, foi a onda Jair Bolsonaro (PSL). Zema pediu votos ao capitão reformado em rede nacional e criticou as gestões petistas no Planalto. Bolsonaro, porém, se manteve neutro na disputa em Minas.
No primeiro turno, Zema teve apenas seis segundos no horário eleitoral e percorreu 200 cidades. A chegada ao segundo turno de forma surpreendente, já que as pesquisas o colocavam em terceiro até a reta final, fez com que ele ampliasse o contato com entidades, instituições e representantes de classes, adequando e amenizando seu plano de governo.
O empresário arrecadou R$ 4 milhões para a campanha, sendo R$ 1 milhão do Novo, R$ 235 mil do próprio bolso e boa parte de empresários —os que mais doaram foram o dono da Localiza, com R$ 700 mil, e o presidente da Rima Industrial, com R$ 300 mil. O maior gasto registrado até agora foi com empresa do marqueteiro Leandro Grôppo, R$ 500 mil.
Já Anastasia gastou R$ 5,6 milhões só em produção de programas de TV. Com uma coligação de 12 partidos, ele tinha três minutos e vinte segundos no horário eleitoral. O total arrecadado foi de R$ 12,5 milhões —cerca de 60% veio de verbas públicas.
Em debates e nas propagandas, Anastasia pediu aos eleitores que comparassem as trajetórias dos candidatos e apontou contradições de Zema, mas não foi suficiente para parar o discurso de que “os mesmos políticos de sempre já tiveram oportunidade e não fizeram”.
Anastasia não pensava em concorrer, mas Geraldo Alckmin (PSDB) precisava de palanque em Minas.
O senador insistiu que é um político técnico, que não tem parentes políticos e nem enriqueceu com isso –declarou patrimônio de R$ 1,3 milhão. “Não deixe que a raiva com a política prevaleça sobre seu bom julgamento, é preciso separar bons e maus políticos”, pediu.
Mas a imagem de afilhado de Aécio Neves (PSDB), também senador e ex-governador, lhe perseguiu. Marcado por denúncia de corrupção, Aécio se elegeu deputado, mas fez campanha escondido e foi xingado ao votar em Belo Horizonte. Depois de governar o estado de 2003 a 2014, os tucanos não conseguiram retomar o posto.
Esta eleição marca também a derrocada do PT em Minas, que chegou ao poder pela primeira vez com Fernando Pimentel em 2014, e teve uma gestão marcada por acusações de corrupção e crise econômica. O governador terminou em terceiro com 23% dos votos. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), ao retomar a origem mineira e tentar se eleger senadora, também não teve o aval das urnas.
O sucesso de Zema não está em suas bandeiras e propostas, explica Camargos. “O que o eleitor mineiro mostra com clareza é o desgaste em relação aos partidos tradicionais. No primeiro turno, tirou o PT. No segundo turno, tira o PSDB. O futuro desses partidos vai depender do sucesso ou não dessa proposta alternativa”, conclui.
Na contramão de outras dinastias políticas do país, o clã Barbalho recuperou terreno e voltará a governar o estado do Pará após um quarto de século. Com 93,50% das urnas apuradas, Helder tem 55,24% dos votos.
A façanha é de Helder Barbalho (MDB), 39, eleito neste domingo (28). Ele disputava com deputado estadual Márcio Miranda (DEM), que contou com o apoio do governador Simão Jatene (PSDB).
Em janeiro, o ex-ministro de Michel Temer (MDB) e de Dilma Rousseff (PT) assumirá o cargo já ocupado pelo seu pai, o senador reeleito Jader Barbalho (MDB), ao longo de dois mandatos (1983-1987 e 1991-1994).
Para obter a vitória que lhe escapou em 2014, Helder contou com uma coligação de 17 partidos, incluindo o PSL, partido de Jair Bolsonaro. Além disso, obteve o apoio do PT no segundo turno.
O clã se beneficiou também do engajamento dos meios de comunicação da família, como o jornal Diário do Pará, usados para enaltecer a atuação de Helder como ministro da Integração Nacional de Temer e para atacar adversários políticos, principalmente o PSDB.
Helder e Jader também sobreviveram ao voto-castigo contra envolvidos nos grandes escândalos de corrupção dos últimos anos –ambos são réus no STF (Supremo Tribunal Federal).
O emedebista, que se manteve neutro no segundo turno presidencial, terá como um dos primeiros desafios conter a onda de violência que tem assolado o Pará neste ano, principalmente na região metropolitana de Belém.
Em dois anos acelerados, o empresário João Doria virou prefeito da maior capital do país, tentou ser candidato a presidente e renunciou à prefeitura para disputar a vaga de governador paulista. Ao vencer, se firma como o principal herdeiro do espólio de um PSDB arrasado.
Para chegar onde está, Doria atropelou inimigos e até aliados, o que incluiu seu padrinho político, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). Vitorioso, trabalhará para assumir o controle do partido, isolando Alckmin e outros velhos caciques.
Ao longo da campanha para o governo, Doria se descolou de Alckmin e tentou colar sua imagem à de Jair Bolsonaro (PSL). No primeiro turno, veladamente; e depois, no segundo, passou a andar por aí vestido com a camisa Bolsodoria, a junção dos nomes dos dois candidatos.
O contido Alckmin chegou a estourar durante uma reunião do tucanato, em que insinuou que Doria era traidor. O gesto marcou o rompimento que já vinha se anunciando desde que o tucano assumiu a prefeitura. Além de Alckmin, quatro ex-secretários da gestão de Doria hoje são fortes críticos ao estilo dele.
Um dos motivos era a obsessão, enquanto prefeito, em criar vitrines políticas relâmpago. O objetivo era tomar o lugar de Alckmin como candidato à Presidência do partido, que acabou abortado após ele não decolar nas pesquisas.
Pouco tempo antes, o então governador havia bancado a candidatura de Doria a prefeito de São Paulo contra o desejo dos demais caciques do PSDB. Doria venceu, mas o partido saiu rachado -um dos postulantes à vaga, Andrea Matarazzo, deixou a sigla . Outros sairiam depois.
Vestido de gari, Doria transformou a prefeitura num grande reality show, em que obrigava o secretariado a usar uniformes e varrer as ruas.
Apesar disso, a zeladoria piorou na sua gestão. Outras vitrines também se estilhaçariam –literalmente, no caso de um muro de vidro colocado na USP. Doria chegou a declarar o fim da cracolândia durante uma ação, mas pouco avançou em relação ao problema. A principal marca do primeiro ano de Doria foi o programa Corujão da Saúde –que prevê a contratação de exames da iniciativa privada, com objetivo de diminuir a fila de espera.
Após declarar a fila zerada no início do programa, a demanda de exames voltou a crescer. Além disso, de acordo com o TCM (Tribunal de Contas do Município), ele cumpriu promessa realizar exames em no máximo 60 dias.
Posteriormente, Doria passaria a investir todas as fichas –e R$ 550 milhões– em um programa de grande visibilidade de pavimentação de ruas, o Asfalto Novo. Só para propagandear o programa às vésperas da eleição para o governo, ele gastaria mais quase R$ 30 milhões.
A gestão de Doria também foi marcada por escândalo de corrupção em licitação bilionária da iluminação, caso em que Doria se tornou réu.
Recentemente, ele foi condenado em primeira instância à perda dos direitos políticos, em ação civil por improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público. Neste caso, a acusação sustenta que o tucano usou o slogan “SP Cidade Linda”, de um programa de zeladoria, para promover a própria imagem.
Ele ainda responde a outras ações na Justiça. Empresário, casado com a artista plástica Bia Doria, com quem tem três filhos, o paulistano declarou ter patrimônio de R$ 189 milhões ao registrar sua candidatura, em agosto.
Doria se ergueu no setor privado e se tornou conhecido pela atuação no Lide (Grupo de Líderes Empresariais), uma organização com mais de 1.700 associados que promove encontros com lideranças empresariais e políticas.
Ele ficou famoso como apresentador de televisão –na Record, comandou reality show O Aprendiz nas temporadas de 2010 e 2011.
Antes disso, nos anos 80, foi presidente da Paulistur, estatal de turismo, na prefeitura de Mario Covas. Ele também foi presidente da Embratur no governo de José Sarney (MDB).
Com 83% das urnas apuradas, o candidato Wilson Lima (PSC) está matematicamente eleito governador do Amazonas, com 60,15% dos votos válidos. Amazonino Mendes (PDT) ficou com 39,85%.
Os votos brancos somam 1,12% e os nulos, 6,3%. Até o momento, a abstenção registrada é 20,03%.
No primeiro turno, o candidato do PSC surpreendeu e ficou à frente do atual governador Amazonino Mendes (PDT) e do ex-governador Omar Aziz (PSD). Teve 33,73% dos votos. Lima é jornalista e apresentador de televisão. Até junho deste ano, comandava o programa popular Alô Amazonas, na TV A Crítica de Manaus. Era filiado ao PR, mas deixou o partido quando este se aliou ao MDB do senador Eduardo Braga, ex-ministro de Minas e Energia.
Os eleitores brasileiros foram às urnas neste domingo, dia 28 de outubro de 2018, e decidiram que Jair Messias Bolsonaro será o próximo presidente da República Federativa do Brasil.
Capitão reformado do Exército e deputado federal há 27 anos, Bolsonaro assumirá o cargo executivo no dia 1º de janeiro de 2019, quando receberá das mãos de Michel Temer, em Brasília, a faixa presidencial.
Campanha
Jair Bolsonaro liderou as pesquisas de intenção de voto durante toda a campanha eleitoral. Na reta final, ele chegou a perder alguns pontos, mas mesmo assim venceu.
Antes do primeiro turno, no dia 6 de setembro, ele sofreu um ataque a faca durante um ato em Juiz de Fora (MG) e teve de passar por dois procedimentos cirúrgicos. Com a saúde debilitada, o capitão reformado passou a fazer campanha junto aos eleitores somente nas redes sociais, além das propagandas gratuitas de rádio e TV. Bolsonaro também evitou os debates contra Haddad no segundo turno, mesmo tendo liberação médica para participar.
Nono presidente da “Nova República”
Jair Bolsonaro será o 9º presidente da “Nova República”, que começou em 1985, após a Ditadura Militar. De lá até hoje, o Brasil foi governado por Tancredo Neves*, José Sarney (1985 – 1990), Fernando Collor (1990 – 1992), Itamar Franco (1992 – 1995), Fernando Henrique Cardoso (1995 – 2003), Luiz Inácio Lula da Silva (2003 – 2011), Dilma Rousseff** (2011 – 2016) e Michel Temer*** (2016 – 2018)
* Tancredo tinha posse marcada para o dia 15 de fevereiro de 1985, mas a cerimônia não chegou a acontecer porque o então presidente eleito ficou doente na véspera e acabou falecendo em 21 de abril do mesmo ano.
** Dilma, a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente da República, teve o mandato interrompido no dia 31 de agosto, após um processo de impeachment.
*** Temer, vice de Dilma Rousseff, assumiu o Planalto após o impeachment da petista.