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23 de junho de 2021
Bahia

Faroeste: áudio revela desembargadores em ‘planejamento estratégico’ para pressionar Rui a ‘interceder’ junto a Toffoli

Foto Sudoeste Acontece

Em manifestação ao ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo destacou que a organização criminosa alvo da Operação Faroeste – investigação sobre suposto esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia – ainda está ativa, mesmo após sete fases ostensivas das apurações, e tentou ‘cooptar autoridade de todos os poderes’. Na sequência, Lindôra revela áudio enviado pelo desembargador Gesilvaldo Britto à desembargadora Maria do Socorro, ambos investigados, sobre suposto ‘planejamento estratégico para pressionar o governador Rui Costa (PT) a interceder junto ao ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli’ sobre o caso. Segundo a Polícia Federal, Maria do Socorro tinha à época, intimidade com o chefe do Executivo baiano e a primeira-dama, Aline Costa.

“O pessoal tá comentando que Tofolli tá ligando pra Rui, tem alguma coisa de errado porque o Toffoli não tá nem recebendo Pinheiro o general sabe todo mundo que ele recebe, o general, há dias atrás já tinha me comentado, direto, sempre tinha me comentado, que ele não quer saber de papo com … éééé… com esse Pinehiro, nem com aquele ex-deputado Osmar Serraglio, que também vai lá pra ele receber e ele não recebe … aí tão falando que Toffoli mandou mensagem pra Rui? Tem alguma coisa de errado, eu se fosse o Senhor, a Doutora Socorro hoje está com a cabeça tranquila por causa desse negócio aí que aconteceu, graças a Deus, eu fosse … pegava a Doutora Socorro ia pra cima de Rui, eu acho que o Senhor tinha que ir pra cima de Rui com a Doutora Socorro pra matar esse problema”, registra a transcrição do áudio citado por Lindôra.

Em sua manifestação, a subprocuradora não indica que tenha havido concretamente um contato do governador baiano com o ministro Toffoli.

O parecer foi emitido para fundamentar a necessidade de manutenção da prisão preventiva de Ilona Reis, desembargadora presa em dezembro de 2020 e acusada dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O documento foi enviado ao STJ nesta segunda-feira, 21, mesmo dia em que o Ministério Público Federal defendeu que a prisão de um empresário que foi detido na última quinta-feira, 17, acusado de pedir propina em nome do juiz Sério Humberto – também investigado pela Procuradoria – seja convertida em preventiva (sem data para terminar).

Em relação à desembargadora Ilona Reis, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo destaca que a manutenção da prisão preventiva da magistrada é ‘imprescindível’ para a normal colheita de provas, a garantia da ordem pública e a aplicação da lei penal, considerando ‘indícios de autoria e a prova da materialidade delitiva’.

“Existem provas que Ilona Reis atua na prática habitual e profissional de crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro, numa formatação serial, estendendo-se por vários anos, em total abalo à ordem pública. Em outras palavras, constata-se, no caso concreto, indícios de reiteração delitiva em um contexto de corrupção sistêmica, o que coloca em risco a ordem pública”, afirmou.

Lindôra disse ainda que Ilona teve ‘atuação decisiva para consolidar o plano criminoso’ da suposta organização criminosa que teria como chefe, segundo o MPF, Adailton Maturino (que se apresentava como o ‘cônsul’ de Guiné-Bissau). “Numa dinâmica criminosa em que a atuação da denunciada Ilona Reis foi fundamental para o sucesso da organização delitiva que, grife-se, por vital, ainda está ativa, propalou ameaça de morte ao colaborador Júlio César, duas vidas foram ceifadas e, nesse mês, contabilizou a morte brutal do agricultor Paulo Grendene, que denunciou o esquema de grilagem da Operação Faroeste, é certo que a prisão preventiva dela é o único remédio cabível”, registrou Lindôra.

Ainda de acordo com a Procuradoria, durante a realização de buscas em endereços ligados à Ilona, foram encontrados documentos indicando depósitos em espécie e fracionados, indicando possível mecanismo de lavagem de dinheiro.

“Além de terem sido encontrados arquivos no computador de Ilona Reis, contendo peças processuais do seu operador Marcelo Junqueira, foi descoberto em seu poder veículo com placa policial adulterada, a estampar estratégia de se ocultar do sistema de defesa social, movimentando-se pela capital baiana, sem possibilidade de rastreamento”, diz a subprocuradora-geral.
A magistrada também está sendo investigada pelo Conselho Nacional de Justiça, por possível descumprimento de decisão daquele colegiado com a finalidade de atender os interesses criminosos de Adaílton Maturino, apontado como chefe do esquema.

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22 de junho de 2021
Brasil

‘Nenhum jornalista pode ser constrangido a revelar a fonte’, afirma Toffoli

Nelson Jr./SCO/STF

Decisão liminar do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determina que autoridades públicas no Espírito Santo abstenham-se de praticar atos que visem responsabilizar jornalistas pela proteção ao sigilo da fonte, por divulgação de suposto esquema de corrupção envolvendo o Departamento de Trânsito do estado (Detran-ES). A decisão atende em parte pedido da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) na Reclamação (RCL) 47792.

Na ação, a ABI relata que, após a imprensa noticiar o conteúdo de pen drive obtido de por meio de fonte sigilosa, que conteria provas de direcionamento em licitação no Detran, e parlamentares pedirem investigações diante de evidências de corrupção, a procuradora-geral de Justiça do Espírito Santo, Luciana Gomes Ferreira de Andrade, requisitou a instauração de inquérito policial contra os denunciantes.

Ela argumentou que as informações foram obtidas por meio de prova ilícita, sem autorização judicial, caracterizando afronta à inviolabilidade do sigilo das comunicações e à intimidade, protegidos pela Constituição Federal. A ABI informa ainda que pelo mesmo motivo a investigação sobre o suposto esquema de corrupção foi arquivado pela procuradora-geral.

Além de solicitar que qualquer investigação e responsabilização de jornalistas e parlamentares pela obtenção do pen drive e divulgação de seu conteúdo seja impedida, a ABI pede que o inquérito policial seja remetido ao Supremo e que o pen drive deixe de ser considerado prova ilícita.

Ao deferir em parte o pedido de liminar, o ministro Dias Toffoli considerou que há plausibilidade na tese da ABI no sentido de que nenhum jornalista poderá ser constrangido a revelar o nome de seu informante ou a indicar a fonte de suas informações, bem como de que não poderá sofrer qualquer sanção, direta ou indireta, quando se recusar a quebrar esse sigilo de ordem profissional e de estatura constitucional.

Segundo o ministro, a “plausibilidade do direito alegado e o perigo de dano” consiste “na iminência de jornalistas serem expostos a procedimentos investigatórios criminais que visem à descoberta da fonte e à criminalização de sua atividade”. Na decisão, ele informa que pelo menos um jornalista já foi convocado para prestar depoimento.

Para Dias Toffoli, a situação revela aparente afronta às decisões do Supremo nas Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs) 130 e 601. No primeiro caso, foi assegurada a proteção às liberdades de expressão e de imprensa e o direito à informação quando a Lei de Imprensa foi considerada incompatível com a Constituição. No segundo, o ministro Gilmar Mendes deferiu liminar para proibir a investigação do jornalista Glenn Greenwald devido a reportagens divulgando mensagens entre autoridades obtidas por hackers.

Toffoli considerou também a alegação de que a deputada federal Soraya Manato (PSL-ES), que utilizou a tribuna da Câmara dos Deputados para pedir investigação sobre o conteúdo do pen drive, pode vir a ser ou já está sendo investigada por autoridade incompetente, o que configuraria usurpação de competência do Supremo.

Para o ministro, tais circunstâncias impõem o deferimento da liminar com relação à suspensão imediata das apurações relativas aos jornalistas e parlamentares, até que sejam suficientemente esclarecidos os fatos, com a vinda de informações completas quanto ao conteúdo do procedimento investigatório determinado pela Procuradoria-Geral de Justiça do Espírito Santo, bem como do que se continha no procedimento por ela arquivado diante da conclusão de ilicitude da prova.

Na decisão, o ministro determina que a Procuradoria-Geral e o delegado de Polícia Civil do estado enviem ao Supremo, no prazo de 15 dias, toda a documentação que possuam sobre o caso.


21 de junho de 2021
Justiça

Produtores temem que julgamento no TJ volte a beneficiar alvos da Operação Faroeste

Foto Sudoeste Acontece

O Tribunal de Justiça da Bahia marcou para esta segunda-feira (21) um julgamento que, segundo advogados, poderá entregar a posse de 366 mil hectares de terras na região Oeste do Estado para dois dos principais investigados na Operação Faroeste, que apura venda de decisões judiciais, corrupção e grilagem, entre outros crimes.

A Corte irá julgar um mandado de segurança contra a sentença da juíza Marivalda Moutinho, afastada de suas atividades por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). As supostas irregularidades estariam, segundo o Ministério Público Federal, na origem dos crimes investigados na Faroeste.

Em dezembro de 2018, a juíza deu sentença que transferia a posse dos 366 mil hectares ao borracheiro José Valter Dias, em prejuízo de mais de 200 agricultores, que estão na região há pelo menos duas décadas. A decisão teria beneficiado o grupo do falso cônsul Adailton Maturino, cuja esposa, segundo o MPF, criou uma holding para administrar as terras.

A propriedade equivale a cinco vezes o tamanho da cidade de Salvador. Inicialmente, o TJBA suspendeu os efeitos da sentença de Marivalda. Agora, a relatora do processo na 2ª Câmara Cível do TJBA, desembargadora Sílvia Zarif, propõe a anulação do processo como um todo.

Os agricultores temem, no entanto, que com a eventual anulação da sentença de Marivalda (assim como a decisão que suspendeu seus efeitos), pode voltar a valer uma liminar proferida pelo juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio, também investigado e preso pela Faroeste.

A liminar determinava que os cerca de 200 agricultores deixassem suas terras, que seriam então tomadas pelo grupo de Adailton Maturino e José Valter Dias. A Associação dos Produtores da Chapada das Mangabeiras (Aprochama) chamou a atenção para essa consequência, mas, segundo eles, o voto da desembargadora não levou isso em consideração.

A associação congrega os agricultores que foram vítimas de alvos da Operação Faroeste. A esperança dos agricultores está nos próximos votos, uma vez que o julgamento foi suspenso e prosseguirá amanhã (21). A Aprochama pede ao TJBA que julgue o mérito da ação principal que discute com quem deve ficar a posse das terras.

A Corregedoria das Comarcas do Interior do TJ-BA confirmou audiência que fará no dia 28 de junho com a Aprochama. Nos últimos dias, a questão fundiária no Oeste da Bahia ganhou novos contornos com o assassinato do produtor Paulo Grendene.


19 de junho de 2021
Aracatu

Trabalhadores de Aracatu são encontrados em situação análoga à escravidão em São Paulo

Na última quarta-feira (16), ao menos 56 pessoas de Aracatu, município da região Sudoeste foram encontradas em situação de trabalho análogo à escravidão em uma fazenda de café, em Pedregulho, estado de São Paulo.

Dentre eles, dez são menores de idade. De acordo o Ministério do Trabalho do Estado, os trabalhadores foram conduzidos em um ônibus acima da lotação permitida contratado pelo dono da fazenda sem formalização da atividade. Os trabalhadores foram resgatados e levados à sede do Ministério do Trabalho em Franca.

Segundo informações do Ministério Público do Trabalho, os homens, mulheres e menores trabalhariam na safra do café, mas não havia prazo para retorno à cidade de origem. Sem dinheiro, os trabalhadores ficaram endividados em um comércio local para poder garantir o alimento e produtos de uso diário. O dono da fazenda responderá pelos crimes de sonegação, aliciamento de trabalhadores e tráfico de pessoas.


18 de junho de 2021
Brumado

Brumado: 2ª Vara Cível será instalada no dia 29 de junho

Foto Sudoeste Acontece

A comarca de Brumado ganhará mais uma 2ª Vara dos Feitos Relativos às Relações de Consumo, Cíveis, Comerciais e Fazenda Pública. 

De acordo com publicações do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), será instalada no dia 29 deste mês. 


17 de junho de 2021
Justiça

PF prende operador de propinas de R$ 2,2 milhões para juiz alvo da Operação Faroeste

Foto Sudoeste Acontece

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira, 17, um homem apontado como operador de um juiz preso e denunciado na Operação Faroeste – investigação sobre esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia. De acordo com os investigadores, as provas indicam que o alvo das diligências cumpridas nesta manhã em Barreiras – cidade no interior do Estado, a mais de 800 km de Salvador – teria negociado propinas de R$ 2,2 milhões.

Agentes da PF também fizeram buscas em endereços ligados ao suposto operador. As ordens foram expedidas pelo ministro Og Fernandes, relator da investigação no Superior Tribunal de Justiça, a pedido da procuradoria-geral da República.

As informações foram divulgadas pelo Ministério Público Federal. Segundo a PGR, a prisão do suposto operador é de caráter temporário, com duração de cinco dias.

As diligências cumpridas nesta quinta, 17, têm o objetivo de ‘recolher elementos que permitam a continuidade da investigação acerca dos possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro’, diz o MPF.

A Procuradoria indicou que, na representação ao STJ solicitando a nova etapa da Faroeste, enfatizou a participação do investigado ‘no microssistema criminoso, que incluiu a anulação e restabelecimento de decisões administrativas e de liminares, além da adulteração de documentos e movimentações bancárias por envolvidos no esquema’.


16 de junho de 2021
Barreiras

“Advogar no Oeste é estar abaixo do inferno”, diz presidente da OAB em Barreiras

O presidente da subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Barreiras, Alessandro Brandão, declarou que advogar nesta região da Bahia é como “estar abaixo do inferno”. O advogado deu a declaração durante o programa OAB no Rádio, que é realizado em parceria com a Rádio Alba.

Brandão disse que a falta de magistrados é um problema crônico das comarcas do Oeste baiano. “Desde 2016, ano em que assumi a presidência da subseção, temos enfrentado muitas dificuldades junto ao Tribunal de Justiça da Bahia. No Oeste, então, os problemas são ainda mais graves, em função da falta de juiz. Advogar aqui, adaptando Luiz Viana, é estar abaixo do inferno”, destacou, na terça-feira (15).

Para que consigam atuar, os advogados, descreveu Alessandro Brandão, precisam superar dificuldades para ter acesso à internet. “A pandemia elevou ao máximo nossos problemas. Vários colegas passaram por dificuldades extremas”, pontuou.

Ele disse que espera que melhore o cenário após chegarem 20 novos juízes à região, o que deve diminuir em até 85% o volume de processos represados nas comarcas do oeste baiano.


15 de junho de 2021
Justiça

Assassinato de fazendeiro no Oeste também entra na mira da Operação Faroeste

Foto Sudoeste Acontece

Um dia antes de ter sido assassinado a tiros numa rua de Barreiras, na noite da sexta-feira passada, o fazendeiro Paulo Antônio Ribas Grendene, 62 anos, teria tido uma de suas propriedades assediadas por um bando armado. O assassinato pode resultar em novos desdobramentos da Operação Faroeste, uma das mais importantes investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal já realizadas no país.

Segundo fontes que presenciaram os ataques, homens armados também teriam, durante a semana, entrado em choque com vigilantes de uma das terras de Grendene e seriam ligados a alvos de uma das denúncias do Ministério Público Federal na Faroeste. Os ataques aos vigilantes de Grendene ocorreram durante três dias consecutivos, de quarta a sexta-feira, segundo as mesmas fontes.

Também em novembro do ano passado, um grupo de homens armados teria tentado expulsar Grendene de duas outras propriedades em Formosa do Rio Preto. “Vocês vão sair por bem ou por mal”, teriam dito segundo relato de Grendene à polícia local, no mesmo dia do incidente. O bando, do qual, segundo relato do fazendeiro à polícia, fariam parte policiais militares, teria cercado Grendene e quatro vigilantes.

O caso chegou a ser levado à Corregedoria da PM, mas até o momento não está claro se houve ou não investigação sobre as denúncias do fazendeiro. Desde então, a tensão só aumentou na região. Nos últimos dias, quando Grendene se preparava para vender parte das terras, o clima piorou.

Na sexta-feira à noite, menos de 24 horas depois do embate entre os dois grupos, Grendene foi assassinado quando transitava pela rua João Pereira de Souza, no Bandeirantes, um dos bairros de Barreiras. Homens armados com pistolas .40 e 9 milímetros dispararam pelo menos 12 tiros contra o carro onde estava o fazendeiro, que morreu no local. Há relatos de que haveria um grupo de extermínio atuando na região, que contaria com a participação de policiais.

A Operação Faroeste, conduzida pela subprocuradora-geral Lindora Araújo, investiga venda de decisões judiciais e tentativa de grilagem de aproximadamente 366 mil hectares na região. No centro das investigações estão sete desembargadores, dois juízes e o suposto cônsul da Guiné Bissau Adailton Maturino, entre outros advogados e funcionários do Tribunal de Justiça.


14 de junho de 2021
Justiça

Autor de denuncia investigada na Operação Faroeste é assassinado

O agricultor Paulo Antônio Ribas Grendene, 61 anos, foi morto a tiros na cidade de Barreiras. A vítima, segundo a associação de produtores local, informou em nota que a vítima denunciou à polícia que suas terras estavam sendo invadidas por pessoas ligadas aos investigados pela Operação Faroeste. As informações são do G1 Bahia;

Paulo Grendene foi atacado por dois homens encapuzados. A polícia já iniciou as investigações, através das imagens das câmeras de segurança da rua. Não foi informado se o crime tem relação com os envolvidos na Operação Faroeste.

A Operação Faroeste começou no final de 2019, com a prisão de quatro advogados, o cumprimento de 40 mandados de busca e apreensão e o afastamento dos seis magistrados – entre eles o presidente do TJ-BA da época.

Autorizada pelo ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça, a operação apura um esquema de venda de decisões judiciais por juízes e desembargadores da Bahia, com a participação de membros de outros poderes. O esquema supostamente consistia na legalização de terras griladas no oeste do estado. As investigações da Faroeste tem continuídade em várias fases da operação. C


9 de junho de 2021
Justiça

Em petição, advogado baiano pede que ‘capeta’ cuide de quem aprovou PJE

As queixas dos advogados em relação ao Processo Judicial Eletrônio (PJE) do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) parecem não ter fim. Um advogado, que não teve o nome revelado, despachou petição em que critica o dispositivo. As declarações viralizaram na internet.

“Em razão deste sistema de peticionamento eletrônico ser ridículo, fraco e insuficiente para atender às necessidade dos jurisdicionados, e dos seus procuradores, bem como dificulta uma boa prestação jurisdicional, porquanto necessita-se protocolar inúmeras petições de juntada e fracionamento de documentos tanto para documentação inicial, quanto para a documentação contestatória, terá que fazer a completação da documentação necessária para o vosso conhecimento dos fatos e direito aqui arguidos após demoradíssima distribuição do feito”, declara.
No trecho final, o causídico vai ainda mais longe. “Que o Capeta cuide de quem inventou esta porcaria de sistema, bem como de quem o aprovou para este tribunal”.


9 de junho de 2021
Justiça

Bolsonaro nomeia Vicente Oliva Buratto como novo juiz efetivo no TRE-BA

O presidente Jair Bolsonaro nomeou, nesta quarta-feira (9), Vicente Oliva Buratto como novo juiz efetivo da classe de jurista no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA).

A mudança acontece depois do término do 1º biênio de Rui Carlos Barata Lima Filho, que deixa a função.

Além de Vicente, a lista tríplice da advocacia para o TRE-BA foi formada por Fabiano Mota Santana e Luiz Augusto Reis de Azevedo Coutinho.


8 de junho de 2021
Justiça

PF cumpre mandados de prisão contra hackers suspeitos de atacar STF

Sede da Polícia Federal em Brasília

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã de hoje (8) a Operação Leet, em que cumpre mandados de prisão contra suspeitos de conduzir ataques cibernéticos contra os sistemas do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao todo, são cumpridos seis mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária nas cidades de Itumbiara (GO), Bragança Paulista (SP), Belém do São Francisco (PE), Jaboatão dos Guararapes (PE) e Olinda (PE).

Em 3 de maio, técnicos do Supremo identificaram atividades suspeitas no portal do tribunal e derrubaram os sistemas da Corte, incluindo o site oficial, que ficou diversos dias fora do ar. Com isso, uma série de serviços, incluindo o acompanhamento de andamentos processuais, ficaram inacessíveis, o que levou a uma suspensão de prazos processuais por 48 horas.

À época, o STF divulgou nota afirmando ter identificado “acessos fora do padrão” a seus sistemas, mas não confirmou tratar-se de um ataque. Uma investigação sigilosa foi então conduzida pela PF, que agora disse, em nota, ter identificado a prática de crimes cibernéticos.

“No curso do inquérito policial foram identificados os endereços de onde partiram os ataques, bem como as pessoas que, de forma sistemática e organizada, praticaram os crimes ora apurados”, diz texto divulgado pela PF. O órgão acrescentou que, com as provas eventualmente colhidas nesta terça-feira (8), “busca-se identificar demais partícipes e circunstâncias dos atos criminosos”.

Os envolvidos podem vir a responder por crime de invasão de dispositivo informático, previsto no Artigo 154-A do Código Penal, cuja pena vai de um a quatro anos de reclusão, além de multa.

O termo Leet, que dá nome à operação, se refere a uma forma de comunicação pela internet que utiliza símbolos para substituir letras e que, com o uso, tonou-se uma espécie de dialeto online. Esse tipo de linguagem costuma ser utilizada por diferentes grupos, incluindo hackers. Uma das teorias é de que essa linguagem tenha surgido para driblar filtros de texto em fóruns online.