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14 de janeiro de 2021
Caetité

Caetité: MPF investiga ex-prefeito por obra não concluída depois de 10 anos

Foto Reprodução

O ex-prefeito de Caetité, na Bahia, Zé Barreira, é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) pela não finalização de um parque ecológico na cidade. De acordo com o MPF, a obra já tem 10 anos em andamento.

O MPF argumenta que toda verba do empreendimento foi repassada pelo Ministério do Turismo. Conforme dados do Portal da Transparência, por meio de três convênios realizados entre a Prefeitura de Caetité e o Ministério do Turismo, foram feitos repasses de R$ 292.500,00 para a construção da primeira etapa do projeto, R$ 209.625,00 para a segunda etapa da obra e um terceiro no valor de R$ 292.500,00 para a terceira etapa da construção. Juntos, os valores acumulam o montante superior a R$ 794 mil.

O MPF deu 10 dias para que o gestor se manifeste.


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13 de janeiro de 2021
Bahia

CNJ abre investigação contra desembargadores do TJ-BA em ação que beneficiou OAS

Foto Sudoeste Acontece

A corregedora-nacional de Justiça, ministra Maria Thereza de Assis Moura, decidiu, nesta terça-feira (12), permitir que sejam apurados fatos atribuídos a cinco desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) em reclamação disciplinar de autoria da subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo.

De acordo com a denúncia, os magistrados, Maria do Socorro Barreto Santiago, Gesivaldo Nascimento, Maria da Graça Osório Pimentel Leal, Emílio Salomão Pinto Resedá e Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel, os três primeiros réus na Operação Faroeste, teriam praticado infrações, “com a intenção de grilar as terras do falecido Manoel da Purificação Galiza, por meio de decisões judiciais forjadas” e de “anular os registros de suas terras em favor do Grupo OAS”.

As terras em questão fazem parte do Sítio Parimbamba (Fazenda Itapoã), localizado em Itapuã, em Salvador, e a ação na qual supostamente houve infração disciplinar foi aberta nos anos 80 por Galiza, com sentença transitada em julgado em 1989. Ocorre que, segundo a denúncia, 23 anos depois, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) interpôs recurso contra a decisão.

Na peça, o órgão alegou que “houve prejuízo a particulares – o Espólio de Edmundo Visco, sucedido pelo Grupo O.A.S e Coligados em 1990”, além de ter argumentado que “não participou da ação de usucapião encerrada em 1989 em que foi autor, Manoel da Purificação Galiza”.

Neste sentido, a Procuradoria Geral da República (PGR), na reclamação disciplinar feita ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), afirmou que todo o procedimento que diz respeito à posse do imóvel localizado em Itapuã, tendo sido o Grupo OAS beneficiado na ação, aconteceu supostamente com a ajuda de “membros da máquina judiciária” do Estado da Bahia, na medida em que favoreceram as partes exitosas no processo, e que o recurso de apelação interposto pelo MP-BA se deu de maneira forjada.

“Quando do desarquivamento da usucapião em 2012, para se “forjar” o recurso de apelação (…) em nome do Defunto/Apelado, Manoel da Purificação Galiza, o Estado da Bahia, por seus agentes da Máquina Judiciária suprimiram, retiraram, subtraíram os cinco apensos que integravam a Ação de Usucapião, para, com essa torpe fraude poder se alegar, como se alegou no recurso de apelação (…) que o Espólio de Edmundo Visco, como confrontante, não foi citado; que o MP-BA não participou da Usucapião; que não houve planta e memorial da área usucapienda; que a participação da Litisconsorte Helenita Galiza foi irregular, e, tantas outras facilidades ‘acobertadas’ pela ausência dos 5 apensos delitos do processo, onde se encontravam a verdade dos fatos”, escreveu.

Em razão do teor da denúncia, que se desenrolou em reclamação disciplinar, a corregedora-nacional de Justiça determinou a expedição de carta de ordem para que, em cinco dias, a 1ª Vice-Presidência do TJ-BA promova a intimação dos desembargadores acusados de terem atuado na suposta fraude processual.

Quanto à intimação da magistrada Maria do Socorro Barreto Santiago, o CNJ determinou que seja feita, em 15 dias, pela Presidência do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, uma vez que ela está presa na Penitenciária da Papuda, em Brasília.


8 de janeiro de 2021
Justiça

Operação Faroeste: Desembargadora presa entrega lista com 58 envolvidos no esquema de venda de sentenças

Foto: Reprodução

A desembargadora Sandra Inês Moraes Rusciolelli, presa em regime domiciliar desde setembro do ano passado durante a Operação Faroeste, teria incluído, em seu acordo de delação premiada, 58 nomes envolvidos no esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

De acordo com a coluna Satélite, do jornal Correio, a informação consta em uma petição apresentada à Procuradoria-Geral da República (PGR) pela defesa da magistrada.

Ainda segundo a publicação, na lista, estariam 12 desembargadores, sendo que sete deles já são formalmente investigados na Operação: José Olegário Monção Caldas, Maria das Graças Osório Pimentel Leal, Ligia Maria Ramos Cunha, Ivanilton Santos Silva, Ilona Marcia Reis e os ex-presidentes do TJ Gesivaldo Britto e Maria do Socorro Barreto Santiago, sendo que os três últimos nomes cumprem prisão preventiva por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ).


6 de janeiro de 2021
Justiça

Defensoria retoma atendimento remoto após aumento de casos de Covid-19

Foto Sudoeste Acontece

Devido ao aumento de casos do novo coronavírus na Bahia, a Defensoria Pública do Estado (DPE) decidiu retomar o atendimento remoto. A decisão foi publicada em portaria nesta terça-feira (05).

Como previsto no plano de retomada, a DPE entrou na fase vermelha após a ocupação de leitos de UTI adulto voltados para tratar pacientes com Covid-19 chegar a 70%. Segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), a taxa era de 71%.

Atendimento para casos urgentes e prazos e recebimentos de documentação que não puderem ser realizados por meios eletrônicos serão feitos presencialmente.

A volta para a fase amarela, com atendimento presencial em 30%, poderá ocorrer quando a taxa de ocupação de leitos da Covid-19 UTI adulto estiver menor que 70% e maior que 30%.

O funcionamento da Instituição segue conforme a Portaria 550/2020: expediente remoto e do CRC (129 – 0800 071 3121), de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h; para coleta de documentos na forma presencial nas sedes das Defensorias Públicas o horário será das 9h às 15h, de segunda a sexta-feira.


5 de janeiro de 2021
Justiça

Desembargadora investigada na Faroeste fecha delação com o MP e repercussões podem ser “devastadoras”

Foto Sudoeste Acontece

Os próximos dias prometem ser tensos no judiciário baiano. Uma desembargadora investigada na Operação Faroeste por participação em um esquema de venda de sentenças, fechou um acordo de delação com o Ministério Público (MP).

Segundo informações do colunista Diego Escoteguy, do O Bastidor, a desembargadora é uma figura-chave na investigação. O procurador-geral da República, Augusto Aras, acredita que a delação pode trazer à tona informações cruciais e alcançar figuras importantes, como advogados influentes.

De acordo com um investigador, as “repercussões [da delação] serão devastadoras”.


4 de janeiro de 2021
Justiça

TRE-BA suspende posse de prefeito eleito de Firmino Alves; presidente da Câmara assume prefeitura

Foto Reprodução

Eleito prefeito da cidade de Firmino Alves, no sul da Bahia, Padre Aguinaldo (PDT) teve o registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA). Com isso, a diplomação e a posse dele foram anuladas.

O presidente da Câmara de Vereadores do município assume a prefeitura, até decisão final do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caso seja mantida a anulação da candidatura de Padre Aguinaldo, novas eleições serão realizadas na cidade.

A candidatura de Padre Aguinaldo estava sub judice, após caso de abuso de poder. Ele foi eleito com 50,01% dos votos válidos.


31 de dezembro de 2020
Bahia

Judiciário baiano realiza 1 milhão de sentenças e acórdãos durante pandemia

Foto Sudoeste Acontece

O Poder Judiciário baiano realizou mais de um milhão de sentenças e acórdãos durante a pandemia. Segundo balanço divulgado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), foram feitos 24,5 milhões de atos, incluindo despachos e decisões.

“Em relação ao total de sentenças e acórdãos, bem como ao total de despachos, o PJBA ocupa a 1ª posição entre os Tribunais de médio porte. Contabilizando todos os atos, o Judiciário baiano ocupa o 2º lugar, também em relação aos Tribunais de médio porte”, afirmou o TJ, em nota. Os dados são do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atualizados em 29 de novembro.

Na mesma nota, o Tribunal de Justiça informa que o Poder Judiciário da Bahia (PJBA) continuará, até nova definição ser oficializada, na terceira fase da retomada das atividades presenciais. Nesta etapa há um servidor por 4 metros quadrados ou até 30% do efetivo, as partes podem comparecer presencialmente mediante agendamento. A carga ou devolução dos autos dos processos também são agendados.


28 de dezembro de 2020
Bahia

Faroeste: Ex-presidente do TJ-BA entra com novo pedido de liberdade durante recesso do STJ

Foto Sudoeste Acontece

A defesa da ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 23 de dezembro, já durante o recesso forense, pedindo a liberdade da magistrada, que está detida desde dezembro do ano passado em Brasília.

O pedido, no entanto, ainda não foi apreciado pela corte e está sob a responsabilidade do ministro Og Fernandes, que é relator das ações penais da Operação Faroeste. Maria do Socorro foi denunciada mais uma vez pelo Ministério Público Federal (MPF) em 18 de dezembro, após nova fase das investigações, que culminaram com o cumprimento de busca e apreensão contra novos alvos, além dos afastamentos de secretários de Estado e magistrados.

De acordo com a denúncia do MPF, enviada ao ministro Og Fernandes, os crimes teriam sido praticados entre dezembro de 2017 e junho de 2018, e envolveu o julgamento de um recurso pela desembargadora Maria do Socorro. Segundo o MPF, a decisão judicial restabeleceu o bloqueio da matrícula de um imóvel, de interesse dos envolvidos no esquema.

Desde que foi presa, em dezembro do ano passado, a desembargadora já tentou outros pedidos de liberdade, tanto no STJ quanto no Supremo Tribunal Federal (STF), com agravos regimentais, sendo o último julgado em 14 de dezembro, quando o ministro Edson Fachin negou provimento ao recurso e manteve a preventiva da magistrada, que está custodiada na Penitenciária da Papuda, em Brasília.

Nova denúncia
Na nova denúncia do MPF também constam as estratégias supostamente utilizadas pelos envolvidos para garantir que o valor pago pelos interessados na ação judicial (núcleo empresarial) chegasse aos beneficiados (núcleo jurídico).

Em relação à desembargadora Maria do Socorro Santiago, o MPF apontou que os pagamentos se efetivaram por meio da quitação de uma dívida que ela tinha decorrente de uma ação de reintegração de posse. O total do débito era de R$ 550 mil e, para os investigadores, de acordo com o MPF, não há dúvidas de que a maior parte do valor (R$ 400 mil) foi proveniente da venda da decisão.

Ainda segundo o órgão federal, chamou atenção o fato de a magistrada ter firmado acordo para pagar a dívida em 23 de abril de 2018, pouco mais de um mês de ter decidido a favor de um grupo empresarial. Para esconder a origem do dinheiro, segundo a denúncia, Maria do Socorro forjou um empréstimo junto ao irmão e quitou parte dos R$ 550 mil, por meio do companheiro da filha Amanda Santiago, que também foi denunciada.

Pedidos
Na denúncia, o MPF requer a condenação dos acusados com base na participação de cada um, além da perda da função pública, dos que tiverem, e decretação de perdimento de produtos dos crimes no valor mínimo de R$ 1.136.899,90 (com juros e correção), que corresponde à soma dos valores lavados no suposto esquema criminoso. Por fim, foi solicitado, ainda, que os envolvidos sejam condenados a pagar indenização por danos morais coletivos no mesmo valor da movimentação criminosa.


24 de dezembro de 2020
Justiça

TJ-BA exonera esposa de delator da Operação Faroeste

Foto Sudoeste Acontece

O desembargador Lourival Trindade, presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), exonerou Carla Roberta Viana de Almeida, esposa de Júlio César Cavalcanti, advogado preso na Operação Faroeste e delator, do cargo de Assessor de Desembargador da Corte.

Carla estava lotada no gabinete da desembargadora Lígia Ramos, presa temporariamente no âmbito da Operação. O depoimento da ex-servidora teria implicado a desembargadora no esquema. O Ministério Público Federal (MPF) acredita que Carla estaria sendo coagida por Lígia a destruir provas.

Operação Faroeste

A Operação Faroeste foi deflagrada pelo Ministério Público Federal (MPF) em novembro de 2019, com a instauração do Inquérito 1.258/DF. O objeto inicial era a existência de suposto esquema de venda de decisões no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) com o envolvimento de pelo menos quatro desembargadores.

O esquema criminoso criado por Adailton Maturino dos Santos – que passou a contar com a participação de magistrados – consistia na legalização de terras griladas no Oeste do estado. A organização criminosa conta, ainda, com laranjas e empresas para dissimular os benefícios obtidos ilicitamente. Há suspeitas de que a área objeto de grilagem supere os 360 mil hectares e de que o grupo envolvido na dinâmica ilícita tenha movimentado cifras bilionárias.

Com o aprofundamento das investigações e a deflagração de outras fases da Operação Faroeste pelo MPF foi descoberto também o envolvimento de integrante do alto escalão e de servidores do Ministério Público do Estado da Bahia, de servidores da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP/BA) e de advogados.

Até o momento, foram tomadas várias medidas cautelares, como prisões temporárias e preventivas, buscas e apreensões, afastamento de funções públicas, quebras de sigilo bancário, fiscal e telemático de diversos alvos. As investigações apontam para a existência de uma engrenagem criminosa com várias ramificações com a participação de dezenas de pessoas e a possibilidade do envolvimento de autoridades da alta cúpula do Poder Público baiano.

Em virtude da complexidade do esquema criminoso, o MPF fatiou as apurações e ofereceu três denúncias autônomas com o objetivo de delimitar os fatos e individualizar as condutas de cada investigado no Inquérito 1.258/DF. As denúncias deram origem às ações penais 940, 953 e 965, que tramitam no Superior Tribunal de Justiça.


24 de dezembro de 2020
Brasil

Justiça penhora faturamento do PT após calote em campanha de Dilma

Foto Sudoeste Acontece

A Justiça de São Paulo determinou a penhora de 10% do faturamento mensal do diretório do PT em São Paulo. Segundo o colunista Rogério Gentile, a decisão se dá em razão de uma dívida da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014.

À época, diz o jornalista, a sigla contratou a empresa A.J.M. de Azevedo Eletrônicos para fazer a entrega e a retirada de cavaletes de propaganda eleitoral. O contrato era de R$ 693 mil, mas o PT deixou de pagar R$ 183 mil, que, em valores atualizados representam um calote de R$ 233, 9 mil.

Em recurso apresentado à Justiça, o legenda não negou a dívida, mas alegou que, como partido político, se utiliza de verba pública do fundo partidário e, que por conta disso, não poderia pagar juros, correção monetária e multa. O TJ não aceitou o pedido e condenou o partido a fazer o pagamento. Não cabe mais recurso sobre o mérito do processo.

A penhora sobre o faturamento foi decretada porque, mesmo após 1 ano e oito meses da condenação, o partido ainda não quitou dívida. Segundo a decisão, o PT terá de, mensalmente, apresentar o seu balanço financeiro à Justiça e promover o depósito judicial dos 10% correspondentes todo dia 10 até atingir o montante da dívida. A ordem de intimação para o pagamento foi expedida no dia 17 de dezembro.


22 de dezembro de 2020
Bahia

Operação Faroeste: MPF denuncia desembargadora, juiz e outras pessoas por corrupção e lavagem de dinheiro

Foto Sudoeste Acontece

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou nova denúncia contra envolvidos no esquema criminoso criado para regularizar terras na região oeste da Bahia, por meio da compra de decisões judiciais. Foram denunciadas oito pessoas investigadas no âmbito da Operação Faroeste, sendo que parte delas já responde a processo no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por organização criminosa e lavagem de dinheiro (ação Penal 940). Nesta nova denúncia, apresentada na última sexta-feira (18), foram apontados os crimes de corrupção – nas modalidades ativa e passiva – e de lavagem de dinheiro.

A nova denúncia é contra o juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio; a desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, já presa no âmbito dessa mesma operação; a filha dela, a cantora Amanda Santiago Andrade Sousa; os advogados Ricardo Augusto Três e Valdete Stresser; Márcio Duarte Miranda; e o casal Adaílton e Geciane Maturino.

Segundo a petição inicial enviada ao ministro Og Fernandes, relator do caso no STJ, os crimes foram praticados entre dezembro de 2017 e junho de 2018, no âmbito do julgamento de um recurso pela desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago. A decisão judicial restabeleceu o bloqueio da matricula de um imóvel, de interesse dos envolvidos no esquema. Pelo ato de ofício, a magistrada recebeu vantagens indevidas no valor de R$ 400 mil. O dinheiro foi pago por Adaílton e Geciane Maturino.

Na petição inicial, a subprocuradora geral da República Lindôra Maria Araújo detalha a participação de cada um dos investigados, apontando as provas reunidas ao longo das investigações. Houve 104 registros telefônicos de conversas entre os investigados, especialmente entre Márcio Duarte e Maria do Socorro (24 ligações) no período. De acordo com as provas apresentadas, a interação entre os envolvidos começou após a contratação do advogado Ricardo Três pelo grupo empresarial Castro Empreendimentos Imobiliários LDTA.

O casal Adaílton e Geciane Maturino era responsável por garantir que o valor pago pelos interessados na ação judicial (núcleo empresarial) chegasse aos beneficiados (núcleo jurídico). No caso do juiz Sérgio Humberto, a propina foi paga por meio de seu cunhado Ronaldo Monteiro e do agricultor Ronilson Pires, apontado como laranja do magistrado.

Já em relação à desembargadora Maria do Socorro Santiago, os pagamentos se efetivaram por meio da quitação de uma dívida decorrente de uma ação de reintegração de posse. O total do débito era de R$ 550 mil. Para os investigadores, não há dúvidas de que a maior parte do valor (R$ 400 mil) foi proveniente da venda da decisão.


21 de dezembro de 2020
Bahia

Faroeste: Desembargadora presa utilizava carro com placa adulterada, diz coluna

Foto Reprodução

Em meio ao cumprimento dos mandados de busca e apreensão referentes às fases seis e sete da Operação Faroeste, na última segunda-feira (14), a Polícia Federal localizou um veículo na posse da desembargadora Ilona Márcia Reis, que teve a prisão temporária convertida em preventiva neste sábado (19), que estava com a placa adulterada.

De acordo com a coluna Satélite, do Jornal Correio, em relatório a Polícia Federal apontou que a equipe “deslocou-se para Buraquinho, Lauro de Freitas, pois obteve a informação de que um dos veículos que a desembargadora circulava foi localizado naquela região”, sendo relatado, ainda, que foi constatado que o carro de modelo Honda HRV, de placa PLV 7B32 não pertencia, de fato, ao automóvel.

Os policiais consultaram a placa por meio do Sistema da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Sinesp), descobrindo que o registro pertencia, na verdade, a um Gol. Os agentes foram conduzidos até a casa de Buraquinho pelos funcionários da desembargadora que dirigiam o veículo. Antes disso, foi apreendido no gabinete da magistrada oito comprovantes de depósitos em dinheiro e transferências bancárias, quase todos de alto valor.

No pedido de prisão da desembargadora Ilona Marcia Reis, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), o Ministério Público Federal (MPF) apontou que ela aparentemente procurou se afastar do julgamento dos processos que podiam lhe incriminar, “numa postura de ocultar as engrenagens criminosas”.